segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

RELIGIOSIDADE POPULAR EM JUAZEIRO DO NORTE: DEVOÇÃO E IDENTIFICAÇÃO



RELIGIOSIDADE POPULAR EM JUAZEIRO DO NORTE: DEVOÇÃO E IDENTIFICAÇÃO

Geilson José da Silva
Os processos e fenômenos que constroem as realidades históricas das mais variadas sociedades são passíveis de serem analisados a partir de suas respectivas fases, que se processam ou se processaram, em um determinado espaço de tempo. Estas compõem caminhos culturais que norteiam diversas mentalidades e constitui bases ou fundamentação teórica que atravessam gerações. Formando e moldando sucessivas posturas ou maneira de agir perante o cotidiano como um todo. Certas ações sociais tornam-se momentos sublimes para a história da humanidade. Atuação esta, que se encontra firme e forte no oceano da memória, tida como uma intersecção entre a individualidade e a coletividade, centralizada na figura de um líder, considerada como ícone, para todo um modo de vida e organização social, moral, cívico e religiosa de um povo. É evidente, que a figura do Padre Cícero encontra-se de forma edificada na memória e na história do povo nordestino, não só pela sua tamanha religiosidade popular mais, principalmente pela sua crença, tida como um dos aspectos mais revigorantes do homem sertanejo, dotado de tamanha complexidade. Ao analisar a história de vida do Padre Cícero Romão Batista, logo vemos e admitimos uma tamanha dicotomia, ou seja, em sua incansável trajetória, o mesmo era “amado por uns e odiado por outros”, ora envolvera-se com a religiosidade, ora com a política. Em um contexto mais amplo, toda essa adversidade fizera de Padre Cícero uma figura bastante polêmica, porém, o que nos chama a atenção é que mesmo diante de grandes controvérsias existentes na vida deste sacerdote, a tendência atual é bastante favorável ao mesmo.
Sendo considerado, tendo em vista a religiosidade popular, como um dos homens mais bem conceituados do Nordeste, principalmente para a cidade onde ele ajudou a fundar (Juazeiro do Norte - CE), conhecida por muitos como Juazeiro do Padre Cícero, onde há a prevalescência de um catolicismo popular e tradicional. Assim sendo, procuro analisar a importância do Padre Cícero na configuração da cidade de Juazeiro do Norte, depois da sua chegada em 1872, na qual fixou residência definitivamente junto a toda sua família. Para muitos nordestinos, a cidade de Juazeiro do Norte é tida como sagrada, uma vez que foi nela que o Pe. Cícero edificou a sua história de vida, com o papel de um homem simples, mais que compreendia as tamanhas desigualdades sociais que afetavam tanto a população local, quanto regional. Foi nestas condições que se desenvolveram muitos fatos curiosos, que até hoje é objeto de grandes discursões, a exemplo do milagre da hóstia na boca da beata Maria de Araújo e de tantos outros momentos sublimes que fazem com que muitos historiadores abordem como uma mistura de mito com uma realidade histórica.
Palavras-chave: Identidade. Pe. Cícero. Juazeiro do Norte.

Revista Alpharrabios

Um comentário:

SOS DIREITOS HUMANOS disse...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...




"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado




O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato "JOSÉ LOURENÇO", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre Cícero Romão Batista, encarados como “socialistas periculosos”.



O CRIME DE LESA HUMANIDADE


O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará É de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e pelos Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.



AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo desaparecimento forçado de 1000 pessoas do Sítio Caldeirão.


QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem encontrar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes procurados no "Geopark Araripe" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



A COMISSÃO DA VERDADE


A SOS DIREITOS HUMANOS deseja apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue esta notícia em seu blog, e a envie para seus representantes na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal que informe o local da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.



Paz e Solidariedade,



Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br