sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Marchas da Morte


Fotografia, tirada clandestinamente por um civil alemão, mostra prisioneiros do campo de concentração de Dachau em uma marcha da morte rumo ao sul, passando por uma vila no caminho para Wolfratshausen. Alemanha, entre 26 e 30 de abril de 1945.

— KZ Gedenkstaette Dachau


Fugindo dos avanços do exército soviético, os alemães foram obrigados a transportar de barco esses prisioneiros do campo de concentração de Stutthof rumo a oeste. Próximo a Danzig, janeiro de 1945.

— Instytut Pamieci Narodowej

Civis alemães da cidade de Nammering, sob as ordens das autoridades militares dos Estados Unidos, cavam covas para as vítimas de uma marcha da morte do campo de concentração de Buchenwald. Alemanha, maio de 1945.

— National Archives and Records Administration, College Park, Md.

Próximo ao final da Guerra, quando a força militar alemã estava entrando em colapso, as Forças Aliadas cercaram os campos de concentração nazistas. Os soviéticos chegaram pelo leste, e os britânicos, franceses e americanos pelo oeste. Freneticamente os alemães começaram a remover os prisioneiros dos campos próximos à frente de batalha e enviá-los para trabalho escravo nos campos situados dentro da própria Alemanha. No início os prisioneiros foram levados por trem e, posteriormente, seguiam a pé em longas caminhadas que ficaram conhecidas como “Marchas da Morte”.

Eles eram forçados a caminhar longas distâncias expostos ao frio extremo semagasalho, com pouca ou nenhuma comida, água ou descanso. Aqueles que não conseguiam acompanhar o grupo eram assassinados a tiros. As maiores marchas da morte aconteceram no inverno de 1944-1945, quando o exército soviético começou a libertar a Polônia. Nove dias antes dos soviéticos chegarem a Auschwitz, os alemães obrigaram dezenas de milhares de prisioneiros a marcharem daqueles campos em direção a Wodzislaw, uma cidade a 56 km de distância, de onde foram levados a outros campos em trens de carga. Em média, um em cada quatro prisioneiros morreu no caminho.

Por inúmeras vezes os nazistas executavam grandes números de prisioneiros antes, durante e depois das marchas. Em uma delas, 7.000 prisioneiros judeus, dentre eles 6.000 mulheres, foram removidos de campos na região de Danzig, que faz fronteira ao norte com o Mar Báltico, e durante aquela marcha que durou 10 dias, 700 seres humanos não resisitiram aos rigores da caminhada e morreram ou foram friamente executados pelos nazistas alemães. Os sobreviventes que conseguiram chegar à costa báltica foram obrigados a entrar na água, onde foram friamente assassinados a tiros.

Museu do Holocausto

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