quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Mergulho para a morte


Quem eram os Kamikazes e por que, para eles, o suicídio era uma saída mais aceitável que a derrota. 
 Da Redação

Fernanda Campanelli Massarotto

Eis-me finalmente incorporado às Unidades Especiais. Os 30 dias que restam vão ser minha verdadeira vida. Chegou a hora. O treinamento para a morte me espera: um aprendizado intenso para morrer com beleza. Parto para o combate contemplando a imagem trágica da pátria. Sou um homem entre outros. Nem bom nem mau. Nem sou superior nem sou um imbecil. Sou decididamente um homem.”

A carta acima, escrita em 22 de fevereiro de 1945, é a última mensagem do piloto japonês Okabe Hirabazau para sua família. Dias depois ele morreria, aos 24 anos, em um ataque aéreo suicida às Filipinas realizado pela Marinha do Japão. Hirabazau integra um contingente de mais de 20 000 jovens, adolescentes e até meninos que se engajaram na desesperada estratégia japonesa para não perder a disputa para os Aliados. Eram os kamikazes.

A explicação para essa entrega total pode ser encontrada no passado japonês. A Segunda Guerra mexeu com os brios do Japão. Até então, a história militar do país foi repleta de vitórias. Ninguém jamais conseguiu invadir a ilha. O Japão, ao contrário, subjugou todo o Sudeste Asiático. Primeiro derrotou a China, no final do século XIX (1895), na Guerra Sino-Japonesa. Depois, incorporou parte da Coréia, em 1910. E, por fim, dominou a Mandchúria, em 1931, consolidando o império nipônico. Mesmo durante a Segunda Guerra, até certa altura do conflito o Japão só havia conhecido vitórias: muitas ilhas do Pacífico e parte da Tailândia foram anexadas.

O domínio japonês no Pacífico só estremeceu com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra, em resposta a um ataque da Marinha japonesa ao porto americano de Pearl Harbor, situado na ilha de Oahu, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. Em pouco tempo, a Marinha e o Exército do imperador Hiroito (1926-1989, era Showa) colecionaram derrotas frente ao fogo americano. Na pequena ilha de Saipan, capital das Ilhas Marianas do Norte, parte da Federação dos Estados da Micronésia (oeste da Oceania), em uma única batalha, em julho de 1944, morreram 12 000 americanos contra mais de 130 000 japoneses. Uma proporção de dez baixas orientais para cada baixa americana.

O efeito dessa desvantagem sobre o Japão dos anos 40 faz parecer até natural o nascimento de um impulso suicida entre os jovens nipônicos. Os milhares de mortos envergonhavam o país, mas a imprensa de Tóquio os exaltava e descrevia a ação dos mártires como exemplos a serem seguidos. Os rapazes, como que expiando a humilhação nacional, colocavam-se às centenas à disposição das Forças Armadas. A lealdade às tradições do país e ao imperador deu o impulso que faltava, e toda uma geração entregou-se às armas, disposta a tudo para não perder a guerra para os americanos – chamados de chikucho (algo como “besta inumana”). Por fim, o rígido código de honra militar japonês sugeria uma única saída para uma guerra que, àquela altura, estava claramente perdida: a morte. Os kamikazes (kami é “deus” e kaze é “vento”, em japonês) são a faceta mais contundente desse espírito nacional.

O criador da ação kamikaze foi o almirante da Marinha Takajiro Onishi. Em 19 de outubro de 1944, Onishi comunicou a seus pilotos que os americanos haviam desembarcado nas Filipinas. A batalha naval estava próxima, e os métodos tradicionais não seriam suficientes para deter os inimigos. Havia, porém, uma esperança. Aviões de caça do tipo Zero, armados com uma única bomba de 250 quilos, se chocariam contra navios inimigos. A ousadia e o poder destruidor do ataque seriam fatais.

Faltava apenas encontrar voluntários para o mergulho mortal. Em qualquer sociedade ocidental, seria impensável pedir a um soldado que cometesse um suicídio altruísta. Não há registro de situação similar na história das guerras no Ocidente. Missões militares sempre comportam risco de vida. Mas o que dizer de abdicar dela de antemão? No Japão da década de 40, encontrar jovens corajosos com data e hora marcadas para morrer não foi um problema. Invocou-se a ética guerreira. Quem não encarnaria de bom grado o “vento dos deuses”? Que honraria maior do que personificar o “tufão divino” contra os inimigos?

Logo de início, os ataques dos kamikazes operaram muitos estragos na armada inimiga, que não sabia como reagir a esse tipo de ação. Os números comprovam a eficácia da estratégia: 57 navios inimigos foram afundados; 108 totalmente destruídos; 83 parcialmente destruídos e 206 danificados. Os momentos de glória eram desfrutados antes e depois das missões. Toda a esquadrilha se reunia e compartilhava, com os que iam partir, uma última dose de saquê, tradicional aguardente de arroz japonesa. Nas fotografias remanescentes da época, é possível ver o sorriso sereno dos jovens a caminho da morte. Na testa, uma faixa branca com um sol vermelho.

As unidades de combate kamikaze, na verdade, retomavam o espírito dos antigos samurais, guerreiros japoneses da Idade Média. “Mas não podemos pensar que os kamikazes foram os samurais do Japão moderno”, diz o doutor em história moderna do Japão Takane Kawashima, da Universidade de Meiji, em Tóquio, que publicou um estudo, em 1994, sobre o sentimento da população japonesa durante o conflito. “Há, simplesmente, a transposição do sacrifício pelo senhor feudal para a morte pelo imperador, em nome de uma lealdade radical. O samurai realizava o haraquiri, o corte do próprio ventre, uma morte solitária. O kamikaze, ao morrer, levava o inimigo consigo.”

Embora muito se tenha falado nas razões do espírito para justificar a ação kamikaze, os milhares de pilotos suicidas jamais foram movidos pela religião. O xintoísmo e o budismo, as duas principais religiões no Japão, condenam o suicídio. O Japão da era Meiji, que começou em 1872 com a abertura do país ao resto do mundo e encerrou-se com a derrota na Segunda Guerra, era fortemente influenciado pelos valores de Confúcio, filósofo chinês que viveu entre 551 a 479 a.C. Para o confucionismo, a família é a base da sociedade. E as relações de pai e filho são fundamentais. O Estado, por sua vez, é visto como uma grande sociedade familiar em que o imperador funciona como o pai. “A moral confuciana não é favorável ao suicídio. Mas suas idéias de obediência conduzem à devoção absoluta em relação ao soberano”, afirma Eduardo Basto, historiador especialista em religião da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

O primeiro ataque kamikaze ocorreu em 25 de outubro de 1944, durante a batalha de Samos, na costa de Leyte, nas Filipinas. As unidades especiais de ataque por choque corporal, os tokkotai, eram compostas por 25 pilotos suicidas, ou tokko. Um sucesso, a princípio, as investidas kamikazes foram, com o tempo, revelando seu preço: a extinção dos pilotos de elite. Foi preciso então formar pelotões inexperientes. Os jovens japoneses foram convocados a entrar na guerra e, prontamente, atenderam ao chamado. Muitos eram universitários. Estudantes da área jurídica e literária eram prontamente aceitos. Os cientistas eram poupados, pois se considerava que eles seriam mais úteis para o futuro do país. Morrer aos 20 anos podia não fazer parte dos planos daqueles jovens, mas o dever de obediência ao imperador era mais forte.

“Até 1945, os japoneses cultivavam uma adoração extrema ao imperador, que era visto como o filho da divindade solar, uma filosofia básica do xintoísmo, a religião mais popular do Japão”, diz Eduardo Basto. “Hiroito só foi abdicar desse poder ‘divino’ em janeiro de 1946, por exigência dos americanos, depois que o Japão se rendeu, em 15 de agosto de 1945, e começou o período de ocupação americana no país, que durou até abril de 1952.”

Os japoneses ouviram em meio às lágrimas o discurso de rendição do soberano. Foi o episódio mais amargo da história do país. “Ponho um fim a esta guerra por minha própria autoridade”, anunciou Hiroito. Mas, para surpresa até dos mais céticos, em poucos meses, a paz determinaria a morte do caráter divino imperial: os ultranacionalistas se resignaram e o povo acolheu sem revoltas o pedido superior. No entanto, alguns militares da Marinha e do Exército, inconformados com a derrota, invocaram os samurais e suicidaram-se cometendo haraquiri. Entre eles estava o criador das missões kamikazes, o almirante Onishi. Estrategicamente, os Aliados conservaram o imperador no poder. Temia-se que o imperador se matasse e o mundo assistisse a um suicídio em massa. De fato, sacrificar a vida (jusshi reuisho, em japonês) pelo país era uma obrigação da família real. E uma honra, uma regra de conduta que não poderia ser evitada para os cidadãos comuns.

Quem se rebelasse envergonharia toda a família. Dinastias com séculos de história podiam cair em desgraça na sociedade.

Foi precisamente a devoção à pátria e ao imperador que levou Kiyoshi Tokudome, então um garoto de 15 anos, a se alistar na Marinha japonesa em maio de 1944. Tokudome hoje tem 71 anos. Vive há 45 no Brasil. Ele dirige a Associação Cultural Kagoshima do Brasil, que leva o nome de sua província natal, no sul do Japão. Tokudome, ao entrar para a Marinha, foi enviado para um campo de aviação em Nagasaki. Segundo ele, o aprendizado não foi fácil. Com o avanço das tropas Aliadas, o curso de oito estágios com duração de três anos acabou reduzido para quatro semestres. O cronograma ficou apertado. O dia inteiro era preenchido com treinamento militar em aulas práticas e teóricas, manuseio de equipamentos, mecânica e simulações de vôo.

“A rotina começava às seis da manhã e muitas vezes se estendia até tarde da noite.” Caso os regulamentos fossem infringidos, as punições eram severas. Era muito comum os futuros pilotos serem esbofeteados pelos superiores. E jamais reclamavam. “Nossa educação baseava-se nos princípios de disciplina, lealdade, obrigação, devoção e soberania”, afirma Kawashima, da Universidade de Meiji.

A possibilidade de se tornar um prisioneiro de guerra não era concebida entre os militares japoneses. Cair diante do inimigo era considerado uma espécie de morte muito menos honrosa que o suicídio. “A maioria dos japoneses não imaginava uma guerra sem vitória. Não haviam sido educados para ser prisioneiros”, diz Kawashima. “Caso isso viesse a acontecer, por que não abraçar o fim na forma de um suicídio altruísta, abnegado, que reverenciasse os samurais?”

Para saber mais
Na livraria
Kamikaze, Piloto Suicida, Saburo Sakai e Martin Caidin, Ibrasa, 1975
O Suicídio, Emile Durkheim, Martins Fontes, 2000
O Crisântemo e a Espada, Ruth Benedict, Perspectiva, 1997
A Morte Voluntária no Japão, Maurice Pinguet, Editora Rocco, 1987

Na internet
http://www.japanbrazil.com
http://www.geocities.com/kamikazes_web/index.html
http://www.tcr.org/kamikaze.html
Revista Superinteressante

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O que foi a Ku Klux Klan?


Grupo racista criminoso ganhou força no século 19 devido a um conjunto de leis segregacionistas dos estados dos EUA 
Raquel Carneiro

Foi uma milícia criminosa racista criada no sul dos EUA logo após a Guerra Civil Americana (1861-1865). O grupo formado por pessoas brancas reagiu à libertação dos escravos e a um projeto do governo chamado Reconstrução, que integraria os negros à sociedade. Responsável por massacres, estupros e linchamentos, entre outras atrocidades, a Klan passou por três fases históricas, todas repletas de ódio.

1. Em 1866, na pequena cidade de Pulaski, no Tennessee, seis amigos começaram a sair com lençóis brancos na cabeça durante a noite para pregar peças nos negros das fazendas locais. Com o tempo, as brincadeiras ganham contornos violentos e motivações políticas. Nascia ali a Ku Klux Klan, que emprestou do grego a palavra kuklos (círculo) e dos escoceses o termo klan (clã). Em um ano, eles atingem meio milhão de adeptos em diferentes cidades

2. O governo dos EUA deu à KKK o status de organização criminosa em 1870. Contudo, no sul, eles ganharam força devido a um conjunto de leis segregacionistas dos estados locais. Conhecidas como “Jim Crow” (personagem negro e bobo da cultura popular norte-americana), essas leis ditavam que ônibus, cinemas, restaurantes e outros estabelecimentos possuíssem assentos separados para negros. Quem não cumpria os limites era punido pelas autoridades, com a ajuda da Klan

3. Com a fuga de negros para outros estados, o grupo aumentou sua atuação pelo país. Uma primeira sede oficial foi aberta em Nashville sob a liderança de Nathan Bedford Forrest, o Grande Mago (ver abaixo). Toda a área de atuação era designada como Império. O que estava fora era chamado de “mundo alienado”. O look branco com chapéu pontudo remetia aos fantasmas dos soldados confederados mortos durante a Guerra Civil

4. Com o fim da Reconstrução em 1877, a KKK perdeu sua força inicial. Mas o declínio não apagou sua ideologia: alguns adeptos se envolveram com a política. Como resultado, cinco ex-presidentes dos EUA hoje são apontados como simpatizantes da organização: William McKinley (1897-1901), Woodrow Wilson (1912-1921), Warren G. Harding (1921-1923), Calvin Coolidge (1923-1929) e Harry S. Truman (1945-1953). O discurso racista de Woodrow ajudou a Klan a retomar suas atividades
Revista Mundo Estranho

Teoria da conspiração: o suicídio de Hitler foi forjado?


O corpo do líder nazista jamais foi encontrado. E muita gente jurou tê-lo visto perambulando pelo mundo após a 2ª Guerra Mundial
Mariana Nadai

Sugestão da TdF Letícia Duarte
Ilustra Murilo Araújo
Edição Felipe van Deursen 

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

“Sem corpo, não há crime”
Diz a história que Adolf Hitler se matou no bunker onde se escondia, em Berlim, em 1945, ao final da 2ª Guerra. Ele ingeriu uma cápsula de cianureto e, para garantir, deu um tiro na cabeça. Os nazistas queimaram o corpo, para que os restos jamais fossem encontrados. Ou seja, não dá para cravar que ele se matou

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

Mortos-vivos
Outros nazistas dados como mortos “ressuscitaram” anos depois. Foi o caso de Josef Mengele, oficial da SS (a polícia do Estado nazista) e médico no campo de concentração de Auschwitz. O “anjo da morte” foi encontrado no Brasil, anos depois, vivendo como o austríaco Wolfgang Gerhard. Sua identidade foi revelada após a sua morte (verdadeira) por afogamento, em Bertioga, SP. Se Mengele estava vivão depois da guerra, por que Hitler não poderia estar?

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

No rancho fundo
A maioria das teorias que diz que Hitler não morreu durante a guerra afirma que ele cruzou o Atlântico para viver na América Latina. O próprio FBI, a polícia federal dos EUA, decidiu investigar uma possível fuga de Hitler após receber cartas de pessoas que acreditaram tê-lo visto vivo. Segundo esses relatos, ele teria saído da Alemanha em 29 de julho de 1945, viajado em um submarino e chegado são e salvo a um rancho no interior da Argentina

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)


Debaixo do nariz
Em 1946, um homem entrou no S.W. Restaurant, em Washington, EUA, para almoçar. O restaurante estava cheio, mas alguém, ocupando uma mesa de dois lugares, cedeu espaço para que ele se sentasse. Os dois não trocaram uma palavra, mas o homem, que também não teve a identidade revelada, estava certo de que o cavalheiro que lhe deu lugar era Adolf Hitler, de bigode e tudo. O relato foi publicado no New York Journal-American

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

Na Colômbia
Em 1948, o jornal colombiano El Tiempo recebeu uma carta dizendo que Hitler estava no país. O autor da carta, cujo nome não foi divulgado, seria a pessoa que o ajudou a se instalar em terras colombianas. Ele teria sido contatado pelos nazistas ainda durante a guerra para criar um refúgio nazista. Além disso, o homem teria guiado a comitiva a entrar pela península de La Guajira para se acomodar em uma de suas fazendas

(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

E no Brasil?
No livro Hitler no Brasil – Sua Vida e Sua Morte, Simoni Renée Guerreiro Dias diz que Hitler se refugiu em Nossa Senhora do Livramento, cidadezinha em Mato Grosso onde ele teria morrido, na clandestinidade, em 1984. Uma foto ao lado de uma mulher negra, com quem ele seria casado, é a principal “prova” da permanência do ditador na cidade, onde ele era conhecido como Adolf Leipzig

Santa ajuda
Para escapar das tropas russas e se alojar em Mato Grosso, Hitler teria contado com uma importante ajuda: o Vaticano. A Igreja teria dado ao Führer um mapa para encontrar um tesouro jesuíta enterrado próximo a Nossa Senhora do Livramento. Para conseguir chegar ao Brasil sem ser descoberto, Hitler teria passado antes por Argentina, Paraguai e Rio Grande do Sul


(Murilo Araújo/Mundo Estranho)

Por outro lado…
Mesmo sem corpo, tudo indica que Hitler morreu, sim, em 1945
De fato, nazistas dados como mortos fugiram para a América. Além de Mengele, Adolf Eichmann (Argentina), Herbert Kucurs (Rio de Janeiro) e Walter Rauff (Chile) foram alguns figurões encontrados no continente
Quanto a Hitler, a teoria mais aceita pelos historiadores é a de que ele de fato se matou em 30 de abril de 1945 junto de sua companheira, Eva Braun. Mesmo sem evidências físicas da morte, “o mundo precisava de um responsável por todo o mal da guerra”, diz o historiador Oldimar Cardoso
Por mais que o corpo do ditador jamais tenha sido encontrado após a guerra, havia testemunhas, como Rochus Misch, guarda-costas de Hitler. Em entrevista à revista alemã P.M History, ele diz que encontrou o cadáver do patrão no bunker, logo após o suicídio
A investigação do FBI de fato ocorreu: os documentos vieram a público em 2014. Mas nada foi encontrado sobre a suposta permanência de Hitler na Argentina, pois havia “escassa informação” a respeito
O FBI também não encontrou informações suficientes para seguir com a investigação da suposta permanência de Hitler em Washington. Mas, francamente, quem iria se esconder logo na capital de um dos países inimigos na guerra?
A tese de Hitler no Brasil é desacreditada por historiadores. A própria Simoni justifica que encontrar evidências físicas é difícil. Ela investigou o suposto túmulo do ditador em Mato Grosso, mas não encontrou material para fazer exames de DNA
O Vaticano é uma cidade-Estado soberana que, por decreto, se mantém neutro em assuntos internacionais. Segundo documentos oficiais, o papa Pio 12 se absteve de tomar partido na guerra. Mas se isso aconteceu na prática, aí é assunto para outra Teoria da Conspiração…

CONSULTORIA Oldimar Cardoso, doutor em didática da história pela USP, e Simoni Renée Guerreiro Dias, pesquisadora e autora de Hitler no Brasil – Sua Vida e Sua Morte
Revista Mundo Estranho