segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

AS FORMAS DE TORTURA DA “SANTA” INQUISIÇÃO


AS FORMAS DE TORTURA DA “SANTA” INQUISIÇÃO

Crisólito da Silva Marques
A Inquisição sempre foi um assunto surpreendente e paradoxal para os estudiosos da história. Respaldada pela Igreja Católica, a Inquisição tomou ares de uma “corte de justiça” com prerrogativas para receber denúncias, apurar, prender e torturar de forma brutal aqueles que não se adequavam às regras canônicas. Nossa pesquisa centra-se nas formas de tortura e nas penas aplicadas por aquela corte como forma de obter confissões e disciplinar os réus. A aplicabilidade da tortura exigiu a construção de engenhosos aparelhos, até então impensáveis para a época. Um grande leque de punições é demonstrado, nos quais podemos destacar as penitências, prisões, humilhações públicas e interrogatórios. Dentre os aparelhos de tortura, desvendamos variados utensílios capazes de realizar os mais cruéis castigos e sofrimentos à anatomia humana. A tortura tinha por finalidade a confissão, que vinha na maioria das vezes sem que o réu fosse culpado, ante o temor de ser submetido à carnificina realizada pelos padres católicos (visitadores). O estudo dos feitos inquisitoriais nos revela uma Igreja contraditória nos seus próprios princípios, pois no afã de “salvar almas” as ações dos visitadores e as regras da Inquisição transformaram tal movimento num algoz da humanidade católica, a qual buscava, tão somente, a verdade por eles considerada absoluta, sobre todo qualquer pensamento e ato.
Palavras-chave: Inquisição. Tortura. Igreja Católica

Revista Alpharrabios

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