Igreja fez lista de pecados na Idade Média
Quais são os sete pecados capitais?
Quando e por quem foram definidos?
Os sete pecados capitais são: inveja, gula, ira, soberba, luxúria, avareza e preguiça. A palavra “capital” vem do latim caput – que significa “cabeça” e também “doutrina”. Esses pecados são citados na Bíblia (tanto no Velho quanto no Novo Testamento), já com a denominação de capitais, em várias situações.
A preocupação em organizá-los em uma lista surgiu durante a Idade Média, no Concílio de Trento (Itália, 1545-1563), convocado pelo rei da Espanha, Felipe II, e coordenado pelo papa Paulo IV. O objetivo do concílio era fixar com clareza os dogmas da Igreja Católica, preocupada com o avanço do protestantismo na Europa. “Nessa época, cada um fazia uma interpretação diferente da Bíblia”, diz o historiador Ricardo Román Blanco, da Universidade de São Paulo: “O concílio criou um sistema didático para ser memorizado com facilidade que deixou claro para os fiéis quais eram os reais valores da Igreja Católica”.
Foram então listados os sete pecados capitais e também, em oposição a eles, as sete virtudes capitais, que também eram citadas na Bíblia: humildade, generosidade, castidade, paciência, comedimento, caridade e diligência. Ainda preocupada com o didatismo de seus ensinamentos, o Concílio de Trento fez um resumo de todas as suas resoluções e criou o catecismo, um livrinho com os valores básicos para ser usado na educação dos católicos, principalmente na das crianças.
Revista Superinteressante
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