sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dona Maria I, a Piedosa

Dona Maria I, a Piedosa
(1734 - 1816)

Rainha de Portugal (1777-1816) nascida em Lisboa, exceto nos diversos casos de regência do reino, foi a primeira mulher a governar o país e isso aconteceu porque Dom José teve quatro filhas e nenhum filho varão. Era a primogênita do rei D. José I e de sua mulher, a rainha D. Mariana Vitória e tinha o título de princesa do Brasil, que conservou até à sua aclamação. Casou com seu tio Dom Pedro III e assumiu o trono em um período de profundas e inesperadas transformações na Europa, como a Revolução Francesa por exemplo. Logo que subiu ao trono, procurou reverter atos do reinado anterior, dando liberdade a muitos presos, grande parte jesuítas, injustamente encarcerados, como o bispo de Coimbra, D. Miguel da Anunciação, encarcerado durante mais de oito anos. No seu reinado foi fundada a prestigiosa Academia Real de Ciências de Lisboa e também a Casa Pia, para dar abrigo e promover a educação das crianças desvalidas ou abandonadas e a Biblioteca Pública de Lisboa, hoje Biblioteca Nacional. Apoiou a iniciativa privada na construção de Teatro de São Carlos, em Lisboa, e o Teatro de São João, no Porto. Foi denominada de Piedosa por ser muito devota e ter mandado construir a Basílica da Estrela, dedicada ao Coração de Jesus, devoção no tempo em expansão. A morte do marido e logo a seguir a do filho primogênito D. José, afetaram-lhe irreversivelmente a razão e nos últimos vinte e cinco anos de vida, o governo português passou a ser desempenhado pelo outro filho e sucessor, o futuro rei D. João VI, como Príncipe-Regente. Foi no início deste período de loucura que ocorreu na região de Minas Gerais, no Brasil, o movimento conhecido por Inconfidência Mineira que visava a independência do Brasil e como conseqüência disso, um dos implicados, José Joaquim da Silva Xavier, por alcunha o "Tiradentes", foi executado e os demais condenados a pena de degredo nas possessões africanas, Angola e Moçambique. Na última fase do seu reinado aconteceram episódios bélicos e políticos que afetaram definitivamente a situação política em Portugal e no Brasil. Com a tomada de Lisboa pelas tropas francesas de Napoleão (1807) a corte decidiu fugir para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Como a corte estava no Brasil, após a expulsão dos franceses da capital Lisboa (1810) o governo de Portugal foi confiado a um Conselho de Regência. Na realidade a rainha governou o país efetivamente por cerca de 15 anos (1777-1792); enquanto que no período seguinte (1792 -1816) governou seu filho D.João, até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro.
OBS constante do Portugal - Dicionário Histórico (http://www.arqnet.pt/dicionario/maria1.html): Com monarca sem nenhum filho varão e perdendo a esperança de ter um filho homem, entendeu que sua filha primogênita devia casar com um príncipe português, visto ser ela a herdeira do trono, e escolheu para genro seu irmão D. Pedro, apesar da grande diferença das idades do tio e da sobrinha, 43 anos contra os 26 da princesa, e o casamento realizou-se no paço da Ajuda (1760). No entretanto a princesa afeiçoou-se a seu marido, sendo ambos muito amigos, e daquele consórcio houve três filhos: o príncipe D. José, que faleceu muito novo, D. João, mais tarde D. João VI, e a infanta D. Mariana Vitória, que casou com o infante de Espanha D. Gabriel.

Figura copiada do site ROYALTY GUIDE
http://www.royaltyguide.nl/

UFCG

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