por Danilo Cezar Cabral
O maior acidente nuclear aconteceu na usina Chernobyl, construída na cidade de Pripyat, na Ucrânia. No dia 26 de abril de 1986, técnicos tentaram fazer um teste na usina e acabaram provocando uma reação em cadeia que terminou com a explosão do reator nuclear. Até hoje não se sabe ao certo se o problema foi causado por erro humano, por uma falha de projeto do reator ou pela soma das duas coisas. Na época, a Ucrânia fazia parte da União Soviética, que tinha um governo fechado para o resto do mundo, o que dificultou a divulgação de mais detalhes sobre o acidente. Mas a dimensão da tragédia foi tão grande que estações de monitoramento na Suécia e na Finlândia captaram níveis anormais de radioatividade no ar e deram o alerta mundial. Estima-se que 30 pessoas tenham morrido nos primeiros meses após a explosão e outras milhares foram expostas a níveis de radiação capazes de matar a longo prazo por causa de doenças como o câncer.
TESTE TRÁGICO
Núcleo do reator parou de ser resfriado durante troca da rede de energia da usina
1. O problema em Chernobyl começou durante um teste de rotina, em que técnicos queriam simular um apagão na rede elétrica principal da usina e o acionamento de uma rede de energia de emergência, movida a óleo diesel
2. Por falha no projeto ou por erro humano, o sistema de resfriamento do núcleo do reator – onde acontecem as fissões atômicas – parou de funcionar quando a rede elétrica foi desligada. Isso gerou um
superaquecimento do núcleo, que atingiu temperaturas acima dos 2 000 ºC!
3. O calor absurdo gerou uma explosão de vapor tão violenta que destruiu o teto do reator – que pesava mais de mil toneladas! O incêndio após a explosão lançou grandes quantidades de material radioativo do núcleo na atmosfera. A tragédia estava feita...
MEDIDAS DESESPERADAS
Bombeiros ficaram expostos a uma radiação até 200 vezes maior que o nível letal!
1. Após a usina explodir, o corpo de bombeiros de Pripyat, cidade onde fica Chernobyl, foi acionado. Os
bombeiros chegaram à usina sem o preparo adequado para enfrentar a situação e acabaram expostos a doses de radiação da ordem de 200 roentgen por hora – uma dose de 500 roentgen em 5 horas é letal
2. A população de Pripyat foi avisada de que precisava deixar a área em três dias. Para reduzir as bagagens e aumentar a velocidade da evacuação da cidade, as autoridades informaram que a retirada seria temporária. Por isso até hoje estão em Pripyat pertences pessoais dos habitantes
3. Após dias sem o fogo na usina ser controlado, entraram em ação helicópteros para conter a radiação. Eles despejaram no reator grandes quantidades de chumbo, areia e outros materiais químicos para bloquear a saída da radiação. Só com os helicópteros o incêndio foi apagado
4. A última medida emergencial foi a remoção dos escombros radioativos. Após eles serem retirados do centro do reator destruído, um casulo protetor, feito de concreto, foi construído para isolar o reator do ambiente. O casulo recebeu o apropriado nome de “sarcófago”...
ESTRAGO CONTINENTAL
Confira o impacto provocado pela radiação de Chernobyl em várias regiões da Europa
1. PRIPYAT E VIZINHANÇA
Área de contaminação extrema. A falta de informações liberadas pela ex-União Soviética dificultam as estimativas, mas especialistas acreditam que milhares de moradores desta região tenham morrido nos anos seguintes ao acidente
2. RAIO DE 400 KM
Em níveis variados, a radiação contaminou lagos, rios, reservatórios e afetou a reprodução de animais. Entre os residentes de outras regiões da Ucrânia, de Belarus e da Rússia foram reportados muitos casos de câncer de tireóide em crianças
3. RAIO DE 800 KM
Os ventos nos primeiros dias levaram a nuvem radioativa mais para o norte. Nesta distância, a contaminação começou a perder força, mas ainda foram atingidos rebanhos de gado – que tiveram queda na produção de leite – e plantações de grãos
4. RAIO DE 1 200 KM
Regiões de exposição mínima, mas onde foi detectado algum nível de radioatividade no ar. Eventuais efeitos de uma contaminação são difíceis de ser medidos, porque o nível de radioatividade atingido raramente afeta o ser humano e o meio ambiente
Revista Mundo Estanho
O maior acidente nuclear aconteceu na usina Chernobyl, construída na cidade de Pripyat, na Ucrânia. No dia 26 de abril de 1986, técnicos tentaram fazer um teste na usina e acabaram provocando uma reação em cadeia que terminou com a explosão do reator nuclear. Até hoje não se sabe ao certo se o problema foi causado por erro humano, por uma falha de projeto do reator ou pela soma das duas coisas. Na época, a Ucrânia fazia parte da União Soviética, que tinha um governo fechado para o resto do mundo, o que dificultou a divulgação de mais detalhes sobre o acidente. Mas a dimensão da tragédia foi tão grande que estações de monitoramento na Suécia e na Finlândia captaram níveis anormais de radioatividade no ar e deram o alerta mundial. Estima-se que 30 pessoas tenham morrido nos primeiros meses após a explosão e outras milhares foram expostas a níveis de radiação capazes de matar a longo prazo por causa de doenças como o câncer.
TESTE TRÁGICO
Núcleo do reator parou de ser resfriado durante troca da rede de energia da usina
1. O problema em Chernobyl começou durante um teste de rotina, em que técnicos queriam simular um apagão na rede elétrica principal da usina e o acionamento de uma rede de energia de emergência, movida a óleo diesel
2. Por falha no projeto ou por erro humano, o sistema de resfriamento do núcleo do reator – onde acontecem as fissões atômicas – parou de funcionar quando a rede elétrica foi desligada. Isso gerou um
superaquecimento do núcleo, que atingiu temperaturas acima dos 2 000 ºC!
3. O calor absurdo gerou uma explosão de vapor tão violenta que destruiu o teto do reator – que pesava mais de mil toneladas! O incêndio após a explosão lançou grandes quantidades de material radioativo do núcleo na atmosfera. A tragédia estava feita...
MEDIDAS DESESPERADAS
Bombeiros ficaram expostos a uma radiação até 200 vezes maior que o nível letal!
1. Após a usina explodir, o corpo de bombeiros de Pripyat, cidade onde fica Chernobyl, foi acionado. Os
bombeiros chegaram à usina sem o preparo adequado para enfrentar a situação e acabaram expostos a doses de radiação da ordem de 200 roentgen por hora – uma dose de 500 roentgen em 5 horas é letal
2. A população de Pripyat foi avisada de que precisava deixar a área em três dias. Para reduzir as bagagens e aumentar a velocidade da evacuação da cidade, as autoridades informaram que a retirada seria temporária. Por isso até hoje estão em Pripyat pertences pessoais dos habitantes
3. Após dias sem o fogo na usina ser controlado, entraram em ação helicópteros para conter a radiação. Eles despejaram no reator grandes quantidades de chumbo, areia e outros materiais químicos para bloquear a saída da radiação. Só com os helicópteros o incêndio foi apagado
4. A última medida emergencial foi a remoção dos escombros radioativos. Após eles serem retirados do centro do reator destruído, um casulo protetor, feito de concreto, foi construído para isolar o reator do ambiente. O casulo recebeu o apropriado nome de “sarcófago”...
ESTRAGO CONTINENTAL
Confira o impacto provocado pela radiação de Chernobyl em várias regiões da Europa
1. PRIPYAT E VIZINHANÇA
Área de contaminação extrema. A falta de informações liberadas pela ex-União Soviética dificultam as estimativas, mas especialistas acreditam que milhares de moradores desta região tenham morrido nos anos seguintes ao acidente
2. RAIO DE 400 KM
Em níveis variados, a radiação contaminou lagos, rios, reservatórios e afetou a reprodução de animais. Entre os residentes de outras regiões da Ucrânia, de Belarus e da Rússia foram reportados muitos casos de câncer de tireóide em crianças
3. RAIO DE 800 KM
Os ventos nos primeiros dias levaram a nuvem radioativa mais para o norte. Nesta distância, a contaminação começou a perder força, mas ainda foram atingidos rebanhos de gado – que tiveram queda na produção de leite – e plantações de grãos
4. RAIO DE 1 200 KM
Regiões de exposição mínima, mas onde foi detectado algum nível de radioatividade no ar. Eventuais efeitos de uma contaminação são difíceis de ser medidos, porque o nível de radioatividade atingido raramente afeta o ser humano e o meio ambiente
Revista Mundo Estanho
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