Embrulhados em linho e encerrados com toda reverência em jazigos, as múmias de animais guardam pistas intrigantes sobre a vida e a morte no Antigo Egito.
Uma gazela de estimação de uma rainha era mumificada com a mesma pompa de membros da família real. Envolta em bandagens e posta num caixão de madeira feito sob medida, ela seguiu sua dona ao túmulo por volta de 945 a.C.Foto de Museu Egípcio do Cairo
É provável que este cão de caça, cujas bandagens caíram há muito tempo, pertencesse a um faraó. Como bicho de estimação da realeza, ele "deve ter sido alimentado com pedacinhos de comida fáceis de mastigar e mimado até não mais poder", diz Salima Ikram. Foi sepultado no Vale dos Reis.
Foto de Richard Barnes
Sepultado com o cachorro (nas outras fotos), o babuíno guarda um segredo que ajudou a identificá-lo como bicho de estimação: um raio X revelou a falta de seus dentes caninos, removidos para impedir que mordesse os dedos reais.
Foto de Richard Barnes
A santidade dos três touros se estendia a suas mães, que eram preparadas para ingressar no outro mundo de maneira rebuscada, assim como esta vaca.
Foto de Richard Barnes
A casa de embalsamamento dos touros Ápis, animais sagrados na cidade de Mênfis, está em ruínas perto da aldeia de Mit Rahina. Durante 40 dias, o corpo de cada touro descansava no natrão, dentro de um massivo leito de pedra em um pátio onde o sol ajudava a ressecá-lo e desinfetá-lo.
Foto de Richard Barnes
Raio X de um esquife de madeira em forma de gato recoberto de gesso e caiado para imitar pedra calcárea, de 37 centímetros, revela o bichano lá dentro.
Foto de Richard Barnes
Faixas dobradas de linho parecem uma coleira de gato, mas o animal dentro do invólucro elaborado não era nenhum bicho de estimação. Foi morto com uma torção de pescoço - a causa da morte revelada por raios-x - para que pudesse ser mumificado e oferecido com a oração de um peregrino em um templo. (Museu Egípcio, Cairo, CG 29657)
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Nos sepultamentos em massa de babuínos em Tuna el-Gebel, sacerdotes depositavam um animal votivo em cada nicho. Milhares dessas múmias foram achadas no sítio arqueológico.
Foto de Richard Barnes A cobertura incomum de uma múmia votiva de íbis - uma concha de linho e gesso - reproduz o bico comprido e a cabeça da parede, com contas de vidro no lugar dos olhos. Pintados ao longo da lateral, embaixo de uma faixa de hieróglifos, diversos deuses se alternam com mesas de oferendas. (Museu Egípcio, Cairo, CG 29874)
Foto de Richard Barnes
Descoberta em 1914 no local onde ficava Abydos, uma íbis votiva usa a coroa elaborada de Osíris, senhor da vida após a morte. Tecido endurecido forma os dois chifres horizontais do adorno de cabeça, um disco solar e uma coluna central alta ladeada por duas penas. (Museu Egípcio, Cairo, CG 29868)
Foto de Richard Barnes
Dando prosseguimento a trabalhos que se iniciaram no final do século 19, em Abydos, arqueólogos tiram a areia do único templo funerário que sobreviveu no local. Esta estrutura de tijolos de argila pertenceu a Khasekhemwy, um governante da Segunda Dinastia que morreu por volta de 2650 a.C. Egípcios que vieram depois associaram o lugar à história mística do início dos tempos. No primeiro milênio a.C., o local se transformou em cemitério de múmias votivas, que até hoje surgem nas escavações.
Foto de Richard Barnes
Com a gentileza de sempre, a arqueóloga Salima Ikram raspa com cuidado o barro cozido para libertar um íbis do vaso onde foi sepultado há 2,7 mil anos, em Abidos. Na época, milhões desses pássaros bicavam a água em busca de comida nos alagados férteis do Nilo. Símbolos do deus Thoth, os íbis eram mais mumificados que qualquer outro animal sepultado em lugares sagrados em todo o Egito.
Foto de Richard Barnes
Uma íbis de madeira e bronze folheada a ouro é exibida no museu provinciano do Malawi. Provavelmente foi dedicada ao deus Thoth em Tuna el-Gebel, ali perto, em algum momento depois da conquista de Alexandre o grande em 332 a.C. Os gregos que se estabeleceram no Egito, e os romanos depois deles, honravam as deidades egípcias além de suas próprias.
Foto de Richard Barnes
As formas de uma ave de rapina contêm apenas ossos.
Foto de Richard Barnes
Um pacote envolto em linho esconde um íbis.
Foto de Richard Barnes
Múmias votivas podem ser variáveis, mas nem sempre são o que parecem: o crocodilo é uma farsa - não tem nada ali dentro.
Foto de Richard Barnes
A carne mumificada em exposição no Museu Egípcio do Cairo era preparada para o piquenique real no outro mundo. São patos, costelas e até um rabo de boi para sopa - tudo desidratado em natrão, envolto em linho e acondicionado num cesto de fibra de junco para o sepultamento de uma rainha.
Foto de Richard Barnes
Um babuíno que vivia em um templo foi entronizado depois de morto nas catacumbas de Tuna el-Gebel. Os sacerdotes reais rezavam e faziam oferendas em sua homenagem, sinalizando sua reverência.
Foto de Richard Barnes
Revista National Geographic
2 comentários:
Adorei a pagina muito linda a historia ..faço fotos que sempre , podemos ter facilidades de ver o passado ..de cem ou 200 anos ou mais,deixo aqui meu recado para quem gosta de ver historias fantasticas veja esta pagina especialll.Egito -bichos eternos.
Quero ver ,mais sobre o Egito .vou ler mais historias passadas ..e poderia ter sempre em nossas paginas algo do nosso passado ..a nossa internet ajuda muito a estar por perto destas lindas descobertas..
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