Catarina, a feia; e lady Astor, a venenosa
por Álvaro Oppermann
MENINA VENENO
Nancy Astor, primeira mulher a ocupar uma cadeira na Câmara dos Comuns, no Parlamento Britânico, em 1929, tinha uma relação pra lá de tensa com o primeiro-ministro Winston Churchill, que não se cansava de fazer comentários machistas a seu respeito. Certa vez, lady Astor perdeu a cabeça: “Se o senhor fosse meu marido, eu colocaria arsênico no seu café”. Churchill respondeu: “Minha senhora, se eu fosse seu marido, o tomaria”.
CATARINA, A FEIA
Feiosa, magrela e de olhos protuberantes, a nobre florentina Catarina de Medici (1519-1589) ainda tinha contra ela a fama de estéril. Além de não conseguir ter filhos com o rei Henrique II da França, tinha de agüentar as infidelidades do marido com a nobre (e boazuda) Diana de Poitiers, uma das favoritas do rei – e sua inimiga mortal. Enfezada, Catarina fez um tratamento de fertilidade receitado por um astrólogo da corte: uma poção à base de urina de mula.
CATARINA, A FEIA II
O astuto astrólogo, contudo, suspeitou que algo andava errado com a sexualidade do casal. Mandou Catarina abrir um discreto buraco na parede da alcova real (usada por Henrique em suas escapulidas), para a esposa aprender segredinhos de cama com a amante. Deu certo: Catarina teve nove filhos depois disso. Só uma coisa não teve solução: a relação continuou azeda entre as duas mulheres.
Revista Aventuras na História
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