terça-feira, 7 de julho de 2009

Filosofia ocidental: idéias na busca da verdade


Filosofia ocidental: idéias na busca da verdade
Dez nomes fundamentais da filosofia ocidental
por Maria Carolina Cristianini
Palavra de origem grega que significa “amor à sabedoria”, a filosofia é considerada a atividade que usa a razão e a argumentação para alcançar a verdade. Vários foram os pensadores que desde o século 6 a.C., com suas reflexões, construíram o que chamamos de filosofia ocidental (as datas que marcam a linha são as de nascimento deles).

469 a.C. - Sócrates

Embora desde o século 6 a.C. nomes como Heráclito e Pitágoras já tentassem buscar o princípio material das coisas (physis), Sócrates é considerado o marco da filosofia – mesmo sem ter deixado obra escrita. Segundo ele, todo comportamento ilegal ou imoral é um erro, o conhecimento é a virtude e ninguém faz o mal por querer. Sócrates deixa o mundo físico de lado e se volta para a metafísica e a moral.

427 a.C. - Platão

É ele quem apresenta ao mundo as reflexões de Sócrates. Apontado como um dos pilares da filosofia ocidental, ele divide seu pensamento entre o mundo sensível (onde vivemos) e o das idéias (acessível somente para a alma), além de fundar sua própria escola, a Academia, onde transmitiria suas idéias para futuros filósofos.

384 a.C. - Aristóteles

Embora tenha sido seguidor e aluno de Platão na Academia, Aristóteles nunca foi seu discípulo incontestável – não concordava com a idéia defendida sobre o mundo superior e se concentrou nas ciências da natureza. Fundou o sistema-base dos estudos de lógica até o século 19, que utiliza o silogismo, como em: “Todos os homens são mortais; Sócrates é homem; logo, Sócrates é mortal”.

354 - Santo Agostinho

As reflexões do pensador são um marco na transição entre a filosofia praticada anteriormente e o período medieval (época em que a atividade esteve muito relacionada à teologia, suplementar à religião). Moldando as idéias platônicas de acordo com sua abordagem, combina a fé (fundamental para a filosofia cristã) e a razão (sem a qual a fé não se consolida).

1596 - René Descartes

É considerado o pilar da filosofia moderna e um dos responsáveis por libertá-la do pensamento teológico. Autor da frase “penso, logo existo”, elabora uma teoria racionalista e defende o dualismo em que mente e corpo têm naturezas distintas: a essência do “eu” seria o pensamento, e a do corpo, a extensão.

1632 - John Locke

Contrário ao pensamento de que o homem possui idéias natas, Locke funda o empirismo, sucedendo o racionalismo de Descartes – é autor de Ensaio Sobre o Intelecto Humano, uma das obras que mais colaboraram para essa escola. Sua atenção se volta para questões como as capacidades da mente e a natureza do conhecimento, influenciando o pensamento britânico da época.

1724 - Immanuel Kant

Suas reflexões surgem no momento em que a filosofia estava dividida entre as duas idéias anteriores: o empirismo de Locke (adotado na Grã-Bretanha) e o pensamento racional da Europa. O filósofo faz uma síntese das correntes: reconhece a idéia empírica de que a experiência é a origem das crenças e rejeita a afirmação de que verdades são determinadas apenas pela razão.

1770 - Friedrich Hegel

Filósofo idealista alemão influenciado pelo pensamento de Kant, Hegel acreditava que a mente ou o espírito constituíam o que chamava de realidade última. Suas idéias influenciam o pensamento europeu com a dialética do absoluto, sistema em que tudo estava inter-relacionado – filosofia, religião e arte formam meios de compreensão absolutos.

1844 - Friedrich Nietzche

Coloca em questão a história da filosofia, criticando os valores morais defendidos por Sócrates. Ataca a crença da realidade imutável e estimula a confiança no senso comum como uma forma eficaz de entender o mundo.

1905 - Jean-Paul Sartre

Símbolo da influência existencialista de Nietzsche, com Sartre a existência humana não necessita mais de justificativa exterior e o aqui e agora é a questão da vez. Sua pergunta primordial é: “O que é existir como ser humano?”. Publica uma das obras de referência do existencialismo, O Ser e o Nada, e descreve o que denomina a realidade dos homens de modo geral.

Revista Aventuras na Historia

2 comentários:

Marina-Emer disse...

este post esta lleno de cultura...una maravilla para el lector
abrazos
Marina

Rodrigo Andreiuk disse...

muito bom os artigos do blog!

sou pianista, se tiver um tempo, visitem meu site!
www.rodrigoandreiuk.com

valeu!