Na concepção espartana o homem deveria ser antes de mais nada, o resultado do cultivo permanente do corpo. Deveria ser forte, desenvolvido e eficaz em todas as suas ações.
O processo de educação formal em Esparta era totalmente definido pelo Estado. Esta soberania era exercida tanto nas crianças quanto nos adultos.
“Esta concepção educativa do direito e da legislação estatal pressupõe a aceitação da influência do Estado sobre a educação dos seus cidadãos, como nunca aconteceu em parte alguma da Grécia.(...) “ a ama, a mãe, o pai, o pedagogo rivalizam na formação da criança, quando lhe ensinam e lhe mostram o que é justo e injusto, belo e feio. Como um trono retorcido, buscam endireitá-la com ameaças e castigos. Depois vai à escola e aprende a ordem, bem como o conhecimento da leitura, da escrita, e o manejo da lira” (JAERGER, 1995:160).
adiante escreve o autor (..) “mais tarde o jovem é levado à escola de ginástica, onde os pedótribas lhe fortalecem o corpo, para que seja servo fiel de um espírito vigoroso e para que nunca fracasse na vida por culpa da debilidade do corpo”(p. 161).
Ainda sobre as práticas físicas orientadas explica o estudioso que “a finalidade da ginástica pela qual se devem reger em detalhes os exercícios físicos, não é alcançar a força física de um atleta, mas desenvolver a coragem de um guerreiro”.
Portanto, como muito acreditam e como o próprio Platão parecia a princípio entender, a ginástica não tem a missão de educar exclusivamente o corpo e a música somente a alma. É a alma que ambos educam primordialmente e são na visão do autor necessárias ao bom desenvolvimento do educando. Esta afirmação de concretiza quando mais a frente escreve “uma educação meramente ginástica cultiva demais a dureza e a fereza do homem e uma excessiva educação musical torna o homem muito mole e delicado” (JAERGER,1995:799).
Esta afirmação parece ser corroborada por FARIA Jr (s.d) quando, explicando sobre o processo de educação formal - eminentemente militar e aristocrática ao aprendizado do ofício militar afirma que embora as suas origens cavalheirescas tivessem sido conservadas, muitos outros traços e (de) maior riqueza deveriam ser considerados a começar pelo gosto e a prática dos desportos hípicos e atléticos. (p. 385).
Quanto à criança, a partir dos sete anos de idade era um cidadão pertinente ao Estado, orientada por magistrado especial(paidonómos), agrupada em classes, deveria seguir um programa uniforme e estabelecido pelo Estado.
O currículo espartano tinha como meta à formação de bons soldados. Assim sendo, as atividades físicas que fortificassem m o corpo, tais como as corridas, o lançamento do disco e do dardo, eram consideradas como fundamentais para a formação do indivíduo. Visando um cidadão ágil e forte, as privações (fome, dor, cansaço e a flagelação) e as intempéries, (tais como o frio ou o calor excessivo), também faziam parte docurriculum escolar. De igual forma fazia parte do ritual escola dormir em catres muito simples forrados das folhas que colhiam além de alimentar-se frugalmente.
Vestindo roupas leves, meninos e meninas praticavam atividades físicas semelhantes. Estas atividades tinham o objetivo precípuo de “torná-las fortes capazes de procriar filhos vigorosos e robustos” (JARDÉ, 1977:209). As jovens espartanas de acordo com TSURUDA (s/d) mesmo que submissas tinham uma alimentação melhor e uma preparação física mais adequada que as suas companheiras de outras cidades na mesma época. Assim, a educação moral e prática da atividade física era estimulada com o fito de fortalecer o corpo feminino, pois, o corpo forte geraria crianças fortes. A formação e a constituição da família era, em última análise, um problema do Estado, pois, é nela que eram gerados os futuros cidadãos dapolis .
Nas escolas desta cidade - Estado os estudos de literatura ainda que fizessem parte do currículo, não representavam sua principal preocupação. Entretanto, as obras que contivessem cunho moral e que dignificassem o homem e contassem os feitos eram implementadas tais como os poemas de Homero e os cantos guerreiros como os de Tirteu.
Parte da formação do cidadão residia no processo de purificação do espírito, vigente na idéia de que não era possível a perfeição sem a beleza do corpo. (...) Não há educação sem o esporte, não há beleza sem esporte, apenas o homem educado fisicamente é verdadeiramente educado e portanto belo (RUBIO, 2002:13).
O processo de educação formal em Esparta era totalmente definido pelo Estado. Esta soberania era exercida tanto nas crianças quanto nos adultos.
“Esta concepção educativa do direito e da legislação estatal pressupõe a aceitação da influência do Estado sobre a educação dos seus cidadãos, como nunca aconteceu em parte alguma da Grécia.(...) “ a ama, a mãe, o pai, o pedagogo rivalizam na formação da criança, quando lhe ensinam e lhe mostram o que é justo e injusto, belo e feio. Como um trono retorcido, buscam endireitá-la com ameaças e castigos. Depois vai à escola e aprende a ordem, bem como o conhecimento da leitura, da escrita, e o manejo da lira” (JAERGER, 1995:160).
adiante escreve o autor (..) “mais tarde o jovem é levado à escola de ginástica, onde os pedótribas lhe fortalecem o corpo, para que seja servo fiel de um espírito vigoroso e para que nunca fracasse na vida por culpa da debilidade do corpo”(p. 161).
Ainda sobre as práticas físicas orientadas explica o estudioso que “a finalidade da ginástica pela qual se devem reger em detalhes os exercícios físicos, não é alcançar a força física de um atleta, mas desenvolver a coragem de um guerreiro”.
Portanto, como muito acreditam e como o próprio Platão parecia a princípio entender, a ginástica não tem a missão de educar exclusivamente o corpo e a música somente a alma. É a alma que ambos educam primordialmente e são na visão do autor necessárias ao bom desenvolvimento do educando. Esta afirmação de concretiza quando mais a frente escreve “uma educação meramente ginástica cultiva demais a dureza e a fereza do homem e uma excessiva educação musical torna o homem muito mole e delicado” (JAERGER,1995:799).
Esta afirmação parece ser corroborada por FARIA Jr (s.d) quando, explicando sobre o processo de educação formal - eminentemente militar e aristocrática ao aprendizado do ofício militar afirma que embora as suas origens cavalheirescas tivessem sido conservadas, muitos outros traços e (de) maior riqueza deveriam ser considerados a começar pelo gosto e a prática dos desportos hípicos e atléticos. (p. 385).
Quanto à criança, a partir dos sete anos de idade era um cidadão pertinente ao Estado, orientada por magistrado especial(paidonómos), agrupada em classes, deveria seguir um programa uniforme e estabelecido pelo Estado.
O currículo espartano tinha como meta à formação de bons soldados. Assim sendo, as atividades físicas que fortificassem m o corpo, tais como as corridas, o lançamento do disco e do dardo, eram consideradas como fundamentais para a formação do indivíduo. Visando um cidadão ágil e forte, as privações (fome, dor, cansaço e a flagelação) e as intempéries, (tais como o frio ou o calor excessivo), também faziam parte docurriculum escolar. De igual forma fazia parte do ritual escola dormir em catres muito simples forrados das folhas que colhiam além de alimentar-se frugalmente.
Vestindo roupas leves, meninos e meninas praticavam atividades físicas semelhantes. Estas atividades tinham o objetivo precípuo de “torná-las fortes capazes de procriar filhos vigorosos e robustos” (JARDÉ, 1977:209). As jovens espartanas de acordo com TSURUDA (s/d) mesmo que submissas tinham uma alimentação melhor e uma preparação física mais adequada que as suas companheiras de outras cidades na mesma época. Assim, a educação moral e prática da atividade física era estimulada com o fito de fortalecer o corpo feminino, pois, o corpo forte geraria crianças fortes. A formação e a constituição da família era, em última análise, um problema do Estado, pois, é nela que eram gerados os futuros cidadãos dapolis .
Nas escolas desta cidade - Estado os estudos de literatura ainda que fizessem parte do currículo, não representavam sua principal preocupação. Entretanto, as obras que contivessem cunho moral e que dignificassem o homem e contassem os feitos eram implementadas tais como os poemas de Homero e os cantos guerreiros como os de Tirteu.
Parte da formação do cidadão residia no processo de purificação do espírito, vigente na idéia de que não era possível a perfeição sem a beleza do corpo. (...) Não há educação sem o esporte, não há beleza sem esporte, apenas o homem educado fisicamente é verdadeiramente educado e portanto belo (RUBIO, 2002:13).
IV Jornada de Estudos Antigos e Medievais – ISBN 85-99726-01-3
Maringá-PR, 06 e 07 de Outubro de 2005
Maringá-PR, 06 e 07 de Outubro de 2005
Um comentário:
O texto "O Processo Escolar em Esparta" não pertence à professora Blanca Beatriz Díaz Alva , senão à professora Ana Cristina Arantes (UNIFIEO)como consta nas atas da IV Jornada de Estudos Antigos e Medievais, 2005, pp. 145-153.
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