Por Rodrigo Aguiar
A Arqueologia Amazônica
A Amazônia exerce grande fascínio em virtude de sua diversidade ecológica e cultural. Considerada a maior floresta tropical do planeta, a Amazônia possui mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais, 3,3 milhões somente em território brasileiro.
Na Arqueologia, a Amazônia também é palco de importantes descobertas. Antes, se acreditava que somente pequenas populações de caçadores e coletores poderiam sobreviver neste ambiente de floresta tropical. Porém, novos achados arqueológicos estão conduzindo a uma nova perspectiva, indicando que a floresta amazônica foi, na verdade, habitada por cacicados mais complexos, sendo que alguns destes núcleos populacionais eram densamente povoados.
Comprovadamente, as primeiras hordas de caçadores e coletores começaram a se assentar na região amazônica há 11 mil anos. O ápice cultural, com o surgimento destes grandes núcleos populacionais, pode haver ocorrido por volta de mil anos atrás. Contudo, as pestes trazidas pelos conquistadores pode ter sido o fator principal que conduziram estes povos à total desestruturação.
Os Geoglifos
Entre os vestígios arqueológicos mais intrigantes da Amazônia estão os geoglifos, desenhos de grande dimensão, gravados no solo terrestre. Para poder observar os geoglifos com perfeição, o ideal é que se faça uso de sobrevôos ou de torres especialmente construídas para este fim.
Os geoglifos da Amazônia estão localizados nas adjacências da cidade de Rio Branco, no Estado do Acre. São elementos geométricos, como círculos e quadrados, alguns destes símbolos com mais de duzentos metros de diâmetro com sulcos de três metros de profundidade.
Somando esforços, o paleontólogo Alceu Ranzi e o arqueólogo Rodrigo Aguiar escreveram em parceria um livro com os dados preliminares sobre os geoglifos amazônicos. Novas pesquisas serão necessárias para poder elaborar um panorama mais completo sobre os autores dos geoglifos.
A diversidade cultural
Atualmente, vivem na Amazônia diversos povos indígenas, provenientes de seis troncos lingüísticos: tupi, karib, aruak, pano, tukano e jê. Na fronteira entre Peru e o Estado do Acre existem grupos indígenas que sequer foram contatados.
Terra de contrastes, de manifestações culturais tão belas e próprias, da maior biodiversidade do planeta: esta é a Amazônia, um dos grandes orgulhos nacionais.
- Agradecimentos ao parceiro de pesquisa, o professor Alceu Ranzi.
- Meus sinceros agradecimentos, também, ao professor Jacó Picolli, da Universidade Federal do Acre. Seu auxílio foi essencial para a visitação aos geoglifos e para a compreensão do contexto arqueológico e antropológico local. Muito obrigado Jacó!
Foto: Edson Caetado
Foto: Edson Caetado
Foto: Edson Caetado
Foto: Edson Caetado
Nenhum comentário:
Postar um comentário