Revolução no Nordeste
No Nordeste, a revolução teve como foco inicial o estado da Paraíba. O confronto dos paraibanos com o governo federal vinha desde a época da campanha da Aliança Liberal para a presidência da República, quando João Pessoa, então presidente do estado, concorreu como candidato a vice na chapa encabeçada por Getúlio Vargas. A chefia civil do movimento na região coube a José Américo de Almeida, político paraibano, enquanto o comando militar ficou a cargo de Juarez Távora.
A insurreição teve início na capital paraibana na madrugada do dia 4 de outubro, poucas horas após o movimento ter-se iniciado, na noite do dia anterior, em Porto Alegre e Belo Horizonte. Os revolucionários atacaram o 22º Batalhão de Caçadores (22º BC) , e aí morreu o general legalista Alberto Lavenère Wanderley, comandante da 7ª Região Militar. Em seguida, sublevaram-se o 25º BC de Teresina, o 24º BC de São Luís, o 29º BC de Natal e unidades militares do interior da Paraíba.
Em Recife, o movimento encontrou uma resistência maior por parte das forças legalistas, que se haviam colocado de prontidão ao surgirem as primeiras notícias da revolução. A vitória dos revolucionários, contudo, foi garantida pelo apoio popular à insurreição, tendo ocorrido, inclusive, distribuição de armas aos populares. Já na manhã do dia 5 de outubro, o movimento havia triunfado em Pernambuco, antes mesmo que os reforços provenientes da Paraíba chegassem a Recife. No dia seguinte, a posição dos revoltosos se consolidou quando o presidente do estado, Estácio Coimbra, abandonou o governo.
Em seguida, as tropas revolucionárias seguiram para Alagoas, onde o governo local foi deposto. Em Sergipe não houve resistência, já que 28º BC, sediado em Aracaju, aderiu ao movimento. O obstáculo maior à vitória da revolução no Nordeste foi o estado da Bahia, onde as forças militares fiéis ao governo de Washington Luís montaram o seu quartel-general.
Fundação Getúlio Vargas
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