Aloisia Veit: até a prima de Hitler foi executada
por Adriana Küchler
Aloisia Veit, 49 anos, sofria transtornos mentais esquizofrênicos, desorientação, depressão, confusões dos sentidos e, segundo seus médicos, tinha “idéias loucas”, como afirmar que guardava uma caveira em sua cama. Também era prima em segundo grau de Adolf Hitler, mas o parentesco com o mais poderoso líder alemão não evitou que ela fosse um dos cerca de 200 mil doentes mentais, aleijados e inválidos mortos pela política de eugenia do III Reich.
A ficha clínica de Aloisia, dois anos mais nova que Hitler e bisneta de sua tia-avó, foi divulgada em janeiro pelo Instituto de Medicina Forense de Munique. O documento mostra que ela foi morta em uma câmara de gás em 6 de dezembro de 1940 em um sanatório da Áustria. Para o histórico, Aloisia passou nove anos internada. Em 1934, ela própria escrevera uma carta aos médicos pedindo para tomar veneno. “Uma pequena quantidade seria suficiente para me livrar dessa tortura”, afirmou.
“Não se sabe se Hitler conheceu Aloisia ou sabia de sua existência, mas certamente não soube que ela foi executada por sua própria política de eugenia,” diz o historiador Timothy Ryback, um dos responsáveis pela descoberta dos documentos. “Mas, na minha opinião, ele aprovaria o que aconteceu. Segundo Paula, a irmã mais nova de Hitler, ele achava normal que sua família fosse afetada pela Segunda Guerra e pelo seu governo.”
Revista Aventuras na História
por Adriana Küchler
Aloisia Veit, 49 anos, sofria transtornos mentais esquizofrênicos, desorientação, depressão, confusões dos sentidos e, segundo seus médicos, tinha “idéias loucas”, como afirmar que guardava uma caveira em sua cama. Também era prima em segundo grau de Adolf Hitler, mas o parentesco com o mais poderoso líder alemão não evitou que ela fosse um dos cerca de 200 mil doentes mentais, aleijados e inválidos mortos pela política de eugenia do III Reich.
A ficha clínica de Aloisia, dois anos mais nova que Hitler e bisneta de sua tia-avó, foi divulgada em janeiro pelo Instituto de Medicina Forense de Munique. O documento mostra que ela foi morta em uma câmara de gás em 6 de dezembro de 1940 em um sanatório da Áustria. Para o histórico, Aloisia passou nove anos internada. Em 1934, ela própria escrevera uma carta aos médicos pedindo para tomar veneno. “Uma pequena quantidade seria suficiente para me livrar dessa tortura”, afirmou.
“Não se sabe se Hitler conheceu Aloisia ou sabia de sua existência, mas certamente não soube que ela foi executada por sua própria política de eugenia,” diz o historiador Timothy Ryback, um dos responsáveis pela descoberta dos documentos. “Mas, na minha opinião, ele aprovaria o que aconteceu. Segundo Paula, a irmã mais nova de Hitler, ele achava normal que sua família fosse afetada pela Segunda Guerra e pelo seu governo.”
Revista Aventuras na História
Um comentário:
Essa talvez tenha sido a principal lição que a humanidade inteira tivera que aprender por meio do sofrimento: permitir que à insana crueldade tenha o poder nas mãos é permitir que a dor se alastre e esmague laços de sangue ou de afetos.
É por isso que me interesso tanto em estudar História, Eduardo. Ela não consegue ensinar a humanidade a não errar novamente, mas também não permite que esqueçamos facilmente nossos tropeços. Sem isso, acho, mesmo não errando da mesma forma, ainda assim, o presente talvez pudesse ser mais tenebroso em se tratando de direitos humanos do que o é, hoje.
Um abraço pra ti e bom fim de semana.
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