quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Lincoln: como a Guerra de Secessão forjou os EUA

Personagem principal do novo longa de Steven Spielberg, o 16º presidente americano foi o pivô de dois eventos que marcaram para sempre a história do país: o fim da Guerra Civil e a abolição da escravidão

Marco Antonio Barbosa

Divulgação
Daniel Day-Lewis na pele do presidente

Em todas as pesquisas feitas por estudiosos da história dos EUA, desde a década de 1940 Abraham Lincoln (1809-1865) tem sido repetidamente apontado como um dos três mais importantes presidentes que o país já teve – e, não raramente, o mais importante, à frente de George Washington e Franklin Roosevelt. Motivos para a consagração não faltam. Lincoln liderou a nação durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), a mais grave crise institucional e militar que os EUA já enfrentaram. Chancelou o movimento que deu fim à escravidão no país e acabou virando um mártir ao ser assassinado em abril de 1865 por John Wilkes Booth. Não faltam lances cinematográficos na vida e na trajetória política do presidente, agora retratados pelo diretor Steven Spielberg no longa-metragem Lincoln.

Projeto acalentado pelo cineasta desde 1999, o filme é baseado no livro Team of rivals: the political genius of Abraham Lincoln (“Equipe de rivais: o gênio político de Abraham Lincoln”, em tradução livre), de Doris Kearns Goodwin, que se concentra nos últimos quatro meses de vida do político – o suficiente para detalhar os esforços bem-sucedidos para acabar com a Guerra Civil e promulgar a abolição. No livro, Lincoln é descrito como dono de “uma rara sabedoria e um temperamento que, de forma consistente, demonstrava uma ma-nanimidade incomum em relação a seus opositores”. Spielberg adquiriu os direitos sobre o livro de Goodwin antes mesmo que a escritora concluísse o trabalho. Os debates e acordos que o presidente precisou travar entre os membros de seu gabinete e os embates com os adversários políticos são o cerne do roteiro.

Daniel Day-Lewis, vencedor de dois Oscar de melhor ator, foi o escolhido para retratar o presidente. Conhecido por seu estilo meticuloso de imersão nos personagens, Day-Lewis mereceu muitos elogios da crítica especializada nos EUA por seu desempenho. Outra ganhadora do Oscar, Sally Field, representa Mary Todd, mulher de Lincoln e uma das mais reverenciadas primeiras-damas da história americana. Atores consagrados como Tommy Lee Jones (Onde os fracos não têm vez), Joseph Gordon-Levitt (A origem) e David Strathairn (Um beijo roubado) completam o elenco.

Aproveitando o lançamento de Lincoln no Brasil, História Viva separou duas matérias que explicam melhor qual foi a real importância do 16º presidente dos Estados Unidos para o fim da Guerra de Secessão, o maior conflito armado da história do país, e para a abolição da escravidão, uma prática que, na época de Lincoln, não era exclusiva dos estados do Sul.
Revista História Viva

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