As autoridades da cidade de Wunsiedel, localizada no Estado da Bavária, resolveram retirar o túmulo de Rudolf Hess, conhecido por ter sido o secretário particular do ditador Adolf Hitler, do cemitério municipal.
A razão para a remoção dos restos mortais de Hess está na peregrinação de neonazistas vindos de toda a Europa que ocorre todos os anos no dia 17 de agosto, o da morte de Hess. Mesmo que a homenagem em Wunsiedel tenha sido proibida tanto em nível municipal e estadual como em federal, os neonazistas insistem em realizá-la.
Sem o túmulo, terão de encontrar algum outro lugar que represente a figura de Hess ou, o que as autoridades alemães querem, simplesmente cancelar as cerimônias.
David Ebener/Efe
Parte de cima da foto mostra o túmulo no cemitério de Wunsiedel onde Rudolf Hess estava enterrado; a de baixo evidencia a remoção dos seus restos mortais
Com a concordância da família do nazista, aquilo que restou dele foi retirado do túmulo e será incinerado. A intenção dos familiares é jogar as cinzas no mar.
A retirada foi feita na noite de ontem, coincidindo com o 67° aniversário do fracassado atentado contra Hitler em 20 de julho de 1944, ocasião em que um grupo de oficiais comandado por Claus Schenk von Stauffenberg tentou matar o ditador.
Essa data é considerada pelos alemães como símbolo da resistência contra um personagem da história atualmente repudiado por praticamente a totalidade da população do país.
Por ter ocupado posição de destaque durante o "Terceiro Reich", Hess, que chegou a estar entre os três mais influentes personagens do regime, foi julgado no Processo de Nuremberg em agosto de 1946 e condenado à prisão perpétua sob insistência da antiga União Soviética.
Folha de São Paulo
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