domingo, 1 de abril de 2012

Códigos do além



Em um cemitério, salvo alguns corpos, nada está ali por acaso. Cada família povoa o túmulo de sinais religiosos, profissionais, familiares e pessoais. Conheça o significado dos símbolos das sepulturas

Emiliano Urbim, Gabriel Gianordoli, Juliana Cunha e Pedro de Kastro

1. Material
Antes, o chique era mármore de Carrara. Cada vez mais raro e mais caro, foi trocado por mármore comum, granito ou bronze. Isso fez com que as partes mais antigas do cemitério ficassem brancas, enquanto as partes mais recentes são escuras.

2. Pietà
A escultura de Michelangelo é hit da arte tumular. Representa um desejo de que a alma seja bem recebida.

3. Anjo que aponta
Se a mão (geralmente, a direita) indica o céu, a família apostou que o falecido iria para o paraíso sem escalas.

4. Anjo pensativo
Se o anjo está pensativo, com a mão no queixo, está refletindo sobre a vida do falecido. É sinal de que a família não tinha tanta certeza da sua absolvição.

5. Guirlanda
Não, o morto não partiu no Natal. Significa o triunfo da vida sobre a morte, pois as folhas do enfeite nunca perderiam o verde.

6. Pata do felino
Comum no túmulo de patriarcas, lembra que eles eram responsáveis pelo sustento do seu clã, que agora vai precisar de um novo "rei leão" para manter o status.

7. Epitáfio
Esse é decidido antes da morte mesmo: tem quem aproveite para se despedir, tem quem use frases de efeito, enquanto outros mandam mensagens de amor eterno.

8. Túmulo raso
O sepultura mais comum atualmente. A ausência de símbolos também tem uma mensagem: todos são iguais após a morte, estão no mesmo nível.

9. Coluna Quebrada
O que muitos supõem ser fruto de vandalismo na verdade mostra que ali jaz o último membro de uma família tradicional.

10. Escada
Em geral, a escada começa com degraus finos, que ficam largos e em seguida finos. Significa que a vida do morto foi de altos e baixos.

11. Tochas
Quando estão com a chama para baixo, representam a vida que passa. Quando acesas, indicam que a pessoa morreu cedo demais, com a "chama da juventude" ainda acesa.
Fonte Eduardo Rezende, presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais.
Revista Superinteressante

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