Tudo indica que ela não passa de uma lenda. Não existe nenhum registro histórico desse personagem, que teria vivido entre o final do século V e o início do século VI, no País de Gales ou no norte da Grã-Bretanha - com a exceção de dois compêndios de relatos militares, pouco confiáveis e bem posteriores (séculos IX e X), sugerindo que Artur teria liderado o povo celta - habitantes originais da ilha, a essa altura da história convertidos ao Cristianismo - em duas batalhas vitoriosas contra os invasores saxões vindos do continente. Verdadeira ou falsa, essa história começou a se popularizar na Europa do século XII com o livro História dos Reis da Bretanha, do inglês Geoffrey de Monmouth, que narrava várias aventuras protagonizadas por Artur e seus cavaleiros. A partir daí, o mito foi adotado e expandido por diversos dos chamados romances de cavalaria.
"Foi esse gênero literário tipicamente medieval que consagrou essas figuras míticas", afirma a historiadora Teresa de Queiroz, da USP. Já a Távola Redonda teria sido inventada pelo escritor francês Chrétien de Troyes, no final do século XII - o mesmo autor que acrescentou às peripécias dos cavaleiros a busca do Santo Graal, o cálice que teria sido usado por Jesus na última ceia.
Revista Mundo Estranho
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