Em 1933, quando Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha, Albert Einstein, judeu de nascimento e pacifista por convicção, achou que não poderia viver mais no seu país e aceitou um convite para lecionar na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Não contava, porém, que também houvesse americanos partidários de Hitler e da guerra capazes de identificá-lo como comunista e ateu, e por isso teve de enfrentar algumas manifestações de repulsa. A mais pitoresca foi a de uma liga de mulheres americanas que lhe enviou um longo e irado memorial. Bem humorado, o cientista respondeu: "Jamais encontrei, da parte do belo sexo, reação tão enérgica contra uma tentativa de aproximação. Se agora isto acontece, jamais, em uma só vez, tantas mulheres me repeliram. Não têm razão estas cidadãs vigilantes? Deve-se acolher um homem que devora os capitalistas calejados com o mesmo apetite, a mesma volúpia com que, outrora, o Minotauro cretense devorava as delicadas virgens gregas e que, além do mais, se revela tão grosseiro que recusa todas as guerras, com exceção do inevitável conflito com a própria esposa? Escutai, portanto, vós, mulheres prudentes e patriotas: lembrai-vos também que o Capitólio da poderosa Roma foi outrora salvo pelo cacarejar de suas gansas fiéis".
Revista Superinteressante
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