A troca de guloseimas durante a Páscoa é muito comum, alem de ser uma tradição muito antiga, que nos remete à Europa do século XIII
Equipe RHBN
Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim
Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?
Azul, amarelo e vermelho também.
A quadrinha popular que se ouve na voz da criançada com a proximidade da Páscoa anuncia a troca de guloseimas no domingo que encerra a Semana Santa. A tradição é antiga na Europa, remonta ao século XIII, quando os estudantes da Universidade de Paris, após entoarem salmos e cânticos de louvor a Deus em frente à catedral, saíam, organizados em procissão, recolhendo presentes. As ofertas, especialmente ovos, eram distribuídas para parentes, amigos e vizinhos. Os ovos, tingidos de azul ou vermelho, simbolizavam o renascimento, a ressurreição e a imortalidade.
Confeccionados em madeira ou argila, com o tempo eles passaram a ser pintados e decorados com requinte. No Brasil, o costume de receber e distribuir ovos de Páscoa data apenas dos anos 1920, introduzido pela colonização alemã nas cidades do Sul. Aos poucos, a prática se espalhou em massa de chocolate pelas confeitarias do resto do país, para o pecado de todos.
Revista de História da Biblioteca Nacional
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