Pontas de flecha sugerem como humanos modernos subjugaram Neandertais
Arqueólogos recuperaram os mais antigos projéteis complexos conhecidos ao escavar uma caverna no sul da África. As minúsculas lâminas de pedra, provavelmente afixadas a cabos de madeira como flechas, têm 71 mil anos de idade e representam uma sofisticada tradição tecnológica que durou milhares de anos. A descoberta recoloca a pergunta permanente sobre quando e como surgiu a cognição humana moderna.
Humanos com a aparência básica semelhante à nossa ja haviam surgido há 200 mil anos, de acordo com os registros fósseis. As evidências culturais que deixaram indicavam que humanos anatomicamente modernos não pensavam de maneira sistemática, como fazemos agora, até pouco mais de 40 mil anos. As novas descobertas do sítio denominado de Pinnacle Point 5-6 (PP5-6) indicam o contrário.
Kyle S. Brown da University of Cape Town e seus colegas argumentam que as minúsculas pontas encontradas indicam que eram produzidas com aquecimento pelos povos antigos de PP5-6, técnica que sugere cognição complexa. A longa duração dessa tradição (11 mil anos) indica que ela era transmitida verbalmente de geração a geração.
As descobertas, publicadas online pela Nature em 7 de novembro passado, sugerem coevolução da capacidade cognitiva e anatomia modernas (Scientific American é parte do Nature Publishing Group.) Uma hipótese concorrente defende que o comportamento humano moderno surgiu como resultado de uma fortuita mutação genética.
Brown e seus colaboradores concluem que essa tecnologia de projéteis, ao permitir atacar de uma distância segura, teria dado a humanos modernos uma vantagem significativa durante a caça e o conflito interpessoal conforme se espalhavam da África para a Europa e encontravam os Neandertais residentes armados com lanças de mão.
Scientific American Brasil
Kate Wong
Cortesia de Tove Ruth Smith e Simen Oestmo/ Arizona State University
Cortesia de Tove Ruth Smith e Simen Oestmo/ Arizona State University
Arqueólogos recuperaram os mais antigos projéteis complexos conhecidos ao escavar uma caverna no sul da África. As minúsculas lâminas de pedra, provavelmente afixadas a cabos de madeira como flechas, têm 71 mil anos de idade e representam uma sofisticada tradição tecnológica que durou milhares de anos. A descoberta recoloca a pergunta permanente sobre quando e como surgiu a cognição humana moderna.
Humanos com a aparência básica semelhante à nossa ja haviam surgido há 200 mil anos, de acordo com os registros fósseis. As evidências culturais que deixaram indicavam que humanos anatomicamente modernos não pensavam de maneira sistemática, como fazemos agora, até pouco mais de 40 mil anos. As novas descobertas do sítio denominado de Pinnacle Point 5-6 (PP5-6) indicam o contrário.
Kyle S. Brown da University of Cape Town e seus colegas argumentam que as minúsculas pontas encontradas indicam que eram produzidas com aquecimento pelos povos antigos de PP5-6, técnica que sugere cognição complexa. A longa duração dessa tradição (11 mil anos) indica que ela era transmitida verbalmente de geração a geração.
As descobertas, publicadas online pela Nature em 7 de novembro passado, sugerem coevolução da capacidade cognitiva e anatomia modernas (Scientific American é parte do Nature Publishing Group.) Uma hipótese concorrente defende que o comportamento humano moderno surgiu como resultado de uma fortuita mutação genética.
Brown e seus colaboradores concluem que essa tecnologia de projéteis, ao permitir atacar de uma distância segura, teria dado a humanos modernos uma vantagem significativa durante a caça e o conflito interpessoal conforme se espalhavam da África para a Europa e encontravam os Neandertais residentes armados com lanças de mão.
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