Essa sociedade secreta chega a ser criminosa, e é uma das mais violentas do mundo, repetindo, em seus atos, o combate heroico entre a deusa Kali e o demônio
Thugs fotografados em 1865 na cidade de Pexauar, Paquistão
Jean de Thévenot Kali em cima do corpo de Shiva
As história dos Thugs remontam do início do século 13, embora ele tenham se tornado operantes a partir do século 16. A especulação de sua ação no século 19 provém de relatos de assassinatos bárbaros transmitidos por emissários do Exército britânico. Essas ações organizadas ficam famosas na Índia, mas os relatos da época davam indícios de diversos grupos de assaltantes, não sendo os thugs os únicos responsáveis pelas mortes e roubos.
O termo "thug" deriva de uma raiz sânscrita que significa enganar ou roubar e, por volta de 1870, o culto a essa sociedade havia terminado. Sua fama correu o mundo por meio do viajante francês Jean de Thévenot, que os descreveu como terríveis assassinos.
Segundo Thévenot, o método de ação dos thugs consistia em praticamente assassinar e roubar. Eles se passavam por peregrinos, conhecedores da região, ganhavam a confiança dos viajantes e, então, matavam e roubavam. Eles usavam um lenço amarelo na cintura chamado rumaal e, muitas vezes com ele, assassinavam suas vítimas que eram enterradas e emparedadas. Os participantes dessa sociedade sempre foram considerados cruéis poupando de suas barbáries apenas as mulheres e as crianças. Os jovens, filhos de suas vítimas, eram levados como escravos e incorporados na sociedade.
ORGANIZAÇÃO
A seita era tão rigorosa que seu líder era chamado de jamaadaar, que equivale a tenente. A iniciação de um jovem thug tinha início com um encontro durante à noite, quando acontecia a cerimônia de purificação e troca de vestuário. Solenemente, era entregue ao iniciado uma faca e o rumaal. Em seguida, o sacerdote de Kali entregava um torrão de açúcar consagrado - o goor -, enquanto se implorava à deusa que acolhesse o novo participante. Apenas um grito de algum animal dava sinal de que a pessoa fora aceita. A partir de então, o novo thug começava a agir como auxiliar, espiando ou imobilizando as vítimas, até o dia em que era concedido o direito de assassiná-las.
Revista Leituras da História
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