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Alguns locais, como Gherze e a região de El-Fayum, ao norte, e Amrat, no sul, deram aos dias de hoje testemunhos de que os grupamentos humanos que ali existiram foram chegando a uma série de sofisticações tais como a realização de ritos funerários elaborados, e o uso de utensílios aprimorados de cerâmica, pedra e de osso.
Ainda no terceiro milênio antes da era cristã algumas das vilas que se haviam formado nas margens do Nilo chegam à condição de aldeias bem desenvolvidas. A navegação a remo e a vela rapidamente foram aprendidas pois para se ir ao norte bastava que se seguisse a corrente do rio. Em sentido contrário era suficiente aproveitar os ventos que sopram constantemente do Mediterrâneo em direção ao sul.
Os habitantes do vale do Nilo deram início a práticas mais eficientes que garantissem melhores resultados em suas colheitas, otimizando o uso e a administração de canais de irrigação ao longo das margens do rio.
As vilas e cidades começaram a atingir um tal ponto de estruturação que administrativamente as tornava independentes umas das outras. Os gregos chamaram essas unidades administrativas de "nomos", denominação pelas quais são conhecidas ainda hoje.
Os nomos começaram a organizar em grupos maiores e constituíram duas federações, uma ao norte e outra ao sul.
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No verso, ostentando a coroa vermelha do Baixo Egito, Nar-mer inspeciona um desfile de inimigos decapitados e com as cabeças metidas entre as pernas, sendo acompanhado pelos seus porta estandartes, porta sandálias e um alto oficial com o seu equipamento de escriba. c. 3100 a.C.
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Foi estabelecido um novo governo e surgiu o Egito dos faraós, unificado com o governo centralizado nas mãos de um único soberano - o faraó.
O faraó passaria a ter, em sua titulatura, os epítetos "Rei do Sul e do Norte" e "Senhor das Duas Terras", numa alusão às duas federações que se uniram para formar um único país.
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Essa denominação tanto pode significar que o grupo era formado por sacerdotes vinculados ao culto de Hórus, em Heracleópolis, quanto que era formado por grupos esparsos que se reuniram em torno do símbolo totêmico do falcão Hórus para a campanha de conquista do Norte.
O faraó, a partir desse momento, foi identificado como um deus vivo, com os sacerdotes sempre fazendo parte do conjunto humano que administrava o Egito.
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