quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki precederam Guerra Fria



Ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki precederam Guerra Fria
EUA e URSS não se enfrentarem de forma direta no período, marcado por coalizões militares, corrida nuclear e disputa econômica

Em 15 de agosto de 1945, nove dias depois da explosão nuclear em Hiroshima e seis após a de Nagasaki, o Japão anunciou sua rendição aos Aliados, liderados por Grã-Bretanha, Estados Unidos e ex-União Soviética. Em 2 de setembro, o país asiático assinou o Instrumento de Rendição, oficialmente pondo fim à Guerra do Pacífico travada na Ásia e, portanto, à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O conflito armado foi sucedido pela Guerra Fria (1947–1991), período de conflito político, tensão militar e competição econômica que existia primordialmente entre a União Soviética e seus Estados satélites e os países Ocidentais, em particular os EUA.

Embora as principais forças militares nunca tenham se enfrentado oficialmente de forma direta (característica que deu o nome ao conflito), eles expressaram o confronto por meio de coalizões militares, posicionamento de forças convencionais estratégicas, amplo auxílio financeiro a Estados considerados vulneráveis, guerras indiretas travadas nos territórios de outros países, espionagem, propaganda, corrida de armas nucleares e competições econômicas e tecnológicas, como a Corrida Espacial.

Apesar de serem aliados contra os poderes do Eixo (liderados por Alemanha, Itália e Japão) e terem as forças militares mais poderosas entre as demais nações, a URSS e os EUA divergiram sobre qual teria de ser a configuração do mundo enquanto ocupassem a Europa, onde o conflito começou com a invasão da Polônia pela Alemanha nazista.

A URSS estabeleceu o Bloco Oriental com os países que ocupou no leste da Europa, anexando como Repúblicas Socialistas Soviéticas e mantendo outros como Estados satélites, oito dos quais foram mais tarde consolidados na aliança militar do Pacto de Varsóvia (1955–1991).

Os EUA e alguns países da Europa Ocidental estabeleceram a contenção do comunismo como uma política de defesa, criando alianças como a Organização do Atlântico Norte (Otan) com esse objetivo.

Vários desses países também coordenaram o Plano Marshall, especialmente na Alemanha Oriental, ao qual a URSS se opôs. O plano foi o principal projeto dos EUA para reconstruir e criar uma fundação econômica mais forte para os países da Europa.

Em outros lugares, como a América Latina e o Sudeste da Ásia, a ex-URSS ajudou a desencadear revoluções comunistas, que sofreram oposição de vários países ocidentais e seus aliados regionais. Alguns países se alinharam à Otan e outros ao Pacto de Varsóvia, enquanto outros formaram o Movimento de Países Não-Alinhados.

A Guerra Fria foi caracterizada por períodos de relativa calma e de alta tensão internacional - o Bloqueio de Berlim (1948-1949), a Guerra da Coreia (1950-1953), a Crise de Berlim de 1961, a Guerra do Vietnã (1959-1975), a Crise dos Mísseis de Cuba (1962), a guerra soviética no Afeganistão (1979–1989). Ambos os lados buscaram contenção para aliviar tensões políticas e evitar um ataque militar direto, que provavelmente resultaria em sua destruição mútua com armas nucleares.

Nos anos 80, os EUA aumentaram suas pressões diplomáticas, militares e econômicas na União Soviética, em um momento em que o país sofria estagnação econômica. No final dessa década, o presidente soviético Mikhail Gorbachev introduziu as reformas liberalizantes da perestroika ("reconstrução", "reorganização", 1987) e glasnost ("abertura", 1985).

A Guerra Fria acabou após o colapso da União Soviética em 1991, deixando os EUA como o poder militar dominante, e a Rússia possuindo a maior parte do arsenal nuclear da ex-URSS.
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