quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Semana História Antiga

Ritos funerarios da Antiga Grécia

Urnas funerarias, Atica, s. VII a. C.

O uso mais antigo entre os gregos para com seus mortos foi o do enterro. Pausanias que nos deixou uma enumeración exacta do sepulcros mais distintos daqueles nos diz que os tinham nos campos, nas orlas do mar, ao pé ou na cimeira das montanhas.

Então, punham as urnas que continham as cinzas em casas particulares e às vezes nos mesmos templos mas estes exemplos ao princípio foram raros não se concedendo esta distinción senão aos chefes da administração e aos generais que tinham defendido à pátria. O enterro na Grécia sempre esteve em uso mais que em toda outra parte tendo aquelas gentes particular cuidado de levar os cadáveres fora das populações. Os povos de Sicinio, de Delos e de Megara, os tebaicos, osmacedonios, os moradores do Quersoneso e de quase toda a Grécia observaram a mesma prática.

Lápida funeraria grega, 100 a. C.[[]]Licurgo

foi o único que permitiu as sepulturas dentro das cidades nos templos e nos lugares públicos em que o povo se congregaba. Mas os legisladores mais famosos fizeram daquela prática um ponto interessante em seus códigos. Cecrops quis que os mortos fossem levados fora de Atenas.Solón adoptou e restabeleceu em todo seu vigor este prudente regulamento de maneira que até no final desta república não se achou em Atenas mais que um curto número de pessoas enterradas dentro da cidade cuja honorífica disitnción somente foi concedida a alguns heróis e ainda nestes últimos tempos do governo ateniense Sófocles não encontrou sepulcros em dita cidade. Sulpicio em tempo menos remoto não pôde conseguir que fosse enterrado nela Marcelo. Platón em seuRepública não permite que se detinen para sepultura as terras aptas para o cultivo senão as arenosas, áridas e inúteis.

As mesmas leis estiveram no maior vigor na magna Grécia. Os cartagineses acharam fora deSiracusa sepulcros construídos pelos moradores desta cidade. O mesmo sucedeu em Girgenti. Os tarentinos seguiram os mesmos estilos mas tendo uen uma ocasião consultado o oráculo, este lhes respondeu que seriam bem mais felizes se cum publibus habitarent. O sentido verdadeiro era que activassem os meios de aumentar a população mas eles acharam que interpretavam bem o sentido do oráculo permitindo enterrar os cadáveres dentro da cidade. No entanto, toda a doutrina religiosa e a mitología grega se dirigiam a observar as leis que ordenavam levar os cadáveres longe das habitações. Assim foi que até os generais que tinham defendido a pátria, os soldados que tinham sacrificado sua vida par o mesmo nobre fim, tiveram seus sepulcros nos mesmos campos em que tinham morrido cobertos de glória:

  • Lisandro que assegurou a superioridad de Lacedemonia sobre Atenas, seu rival, foi enterrado em um campo cerca de Aliate.
  • Arístides, o mais justo dos atenienses, foi-o no campo Fhalereo.
  • Homero, primeiro poeta épico, em um picadero.
  • Arquímedes, terror dos romanos e defensor de Siracusa, em uma campiña cerca de sua pátria.
  • Aquiles em um promontório Sigeo.
  • Etc.

Quando os cadáveres dos heróis e dos grandes homens não eram enterrados dentro das populações não é de achar que conseguisse esta distinción a gente menos respetable. Nem serve dizer que naquelas remotas cidades se fazia pouco caso dos sepulcros porque em nenhum outro tempo os homens têm tido tanto cuidado sobre este particular nem tem brilhado tanto o luxo como então. Cicerónconheceu o sepulcro de Arquímedes pelos vários adornos que tinha nele. O luxo, o bom gosto e a magnificencia dos sepulcros eram tão grandes entre os gregos e romanos que as leis tiveram que reprimir várias vezes semelhantes exceos. Platón prohibe a construção dos sepulcros cujo trabalho não pudan concluir cinco homres no espaço de cinco dias. Solón quis que os dos atenienses fossem construídos dentro de três dias por dez homens. Demetri Falereo proscreveu o luxo das colunas e determinou a capacidade dos sepulcros. A lei das XII Tabelas dos romanos ordenando que as hogeras e os sepulcros fuersen levados fora das cidades, prevenia por médio de prudentes regulamentos o luxo que teria podido se introduzir nestes.

Referências

Este artigo contém material do dicionário enciclopédico popular ilustrado Salvat dos anos 1906 a 1914 que se encontra no domínio público.http://pt.wikilingue.com/es/Ritos_funerarios_da_Antiga_Gr%C3%A9cia

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