Maquiagem estética: Caras pintadas desde o Egito
Há pelo menos 160 mil anos nossos antepassados se maquiam. Claro que não tinha nada a ver com a maquiagem de hoje em dia. Essas primeiras maquiagens, encontradas em cavernas na África do Sul, eram pigmentos retirados de rochas que eles passavam no rosto e no corpo provavelmente para algum ritual. Mas, de lá para cá, muito se aperfeiçoou nessa área – dando origem a uma indústria gigantesca.
3100 a.C. - Delineador
No Egito, os primeiros registros da maquiagem com o uso moderno – fins estéticos – são de 3100 a.C. Foram encontradas em tumbas dessa época jarras com ungüentos usados para hidratar a pele dos egípcios e para evitar rugas. As mulheres decoravam seus olhos com pigmentos coloridos e o delineavam com antimônio (um elemento metálico).
Século 3 a.C. - Blush
Em Roma, a maquiagem era tão difundida que o filósofo e dramaturgo Plauto (254-184 a.C.) escreveu: “Uma mulher sem pintura é como comida sem sal”. As romanas usavam cosméticos como o kohl, mesmo delineador das egípcias, para contornar os olhos e também para os cílios. Uma espécie de giz deixava o rosto mais branco. Mas as moças também usavam um ancestral do blush para marcar as bochechas.
Século 6 - Palidez
Durante a Idade Média, ter pele pálida era sinal de status social. Para alcançar um tom muito claro nas faces, algumas mulheres (as mais malucas, certamente) adotavam medidas drásticas, como perder bastante sangue de propósito fazendo alguma perfuração no corpo.
Século 16 - Máscara de ovo
Durante o período elizabetano, a mulherada costumava improvisar uma espécie de máscara feita de clara de ovo. Era para manter um aspecto meio vitrificado no rosto. Aos poucos, a maquiagem ficava mais pesada. Palidez em excesso passou a ser associada a doenças comuns na época, como a peste.
Século 18 - Batom vermelho
O que pegava na França na época da Revolução Francesa era usar “rouge” e batom bem vermelhos. Em outros países europeus, no entanto, as pessoas repudiavam a atitude adotada pelas francesas.
1810 - Clareadores
Na Inglaterra, a pele bronzeada era relacionada a quem trabalhava ao ar livre. Os abastados, que queriam manter-se branquelos, usavam para isso preparados de chumbo e mercúrio, que provocavam uma série de problemas – e podiam matar.
Século 19 - Cara pelada
Durante o período vitoriano, as inglesas associavam maquiagem a prostitutas e atrizes (mais ou menos a mesma coisa na época). Qualquer sinal interpretado como não sendo a cor natural da pessoa já era olhado com desdém. O batom mais usado tinha cor de boca.
1910 - Tecnologia
O avanço tecnológico no campo dos cosméticos trouxe muita modificação. Apareceram as primeiras máscaras faciais que levam petróleo na composição. Em 1914, a Max Factor criou o pancake. A Vogue fotografou turcas que usavam henna nos olhos e lançou a moda “vamp”: olhos pretos bem carregados. As cores dos pós faciais ficaram mais próximas às da pele de verdade e o batom numa caixinha de metal se popularizou.
1920 - Gloss
Para se desligar de vez da sisudez vitoriana, as americanas emancipadas começaram a usar batons bem carregados, em tons fortes, especialmente o vermelho em vários tons, aromatizados com cereja. O gloss foi inventado pela Max Factor. Também surgia o primeiro curvador de cílios.
1930 - Maquiagem de cinema
A partir dos anos 30, as atrizes do incipiente cinema começaram a ditar a moda da maquiagem. Um exemplo foram os olhos puxados com lápis de Audrey Hepburn. As unhas ficaram mais longas e em tons vermelhos. Desde então, quem dita a moda da maquiagem são as famosas.
Revista Aventuras na Historia
Ler a historia humana nos mostra o quanto seguir a moda nos pode transformar em autenticos fantoches. Nao querer andar desenquadrado e nao nos sentirmos aparte da sociedade e' uma coisa, mas nos esquecermos quem somos, e' seguirmos e nos moldarmos a moda e outra. E isso nos mostra aos sofrimentos que se sujeita o ser humano para mais tarde descobrir que o que era importante na sociedade deixou de ser. Sem perder a nocao do ridiculo... nunca deixemos de ser quem somos. Feliz Ano Novo!
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