sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As vanguardas

Paul Gauguin (francês - 1848 - 1903 )
Título: Aonde Você Está Indo?
Técnica: óleo s/ tela
Data: 1893
Impressionismo


As vanguardas
Dez movimentos que marcaram a arte moderna
por Claudia de Castro Lima
No fim do século 19, o ideal de retratar a natureza do modo mais perfeito possível foi repentinamente deixado de lado. Contra modelos e conceitos valorizados desde o Renascimento, os artistas passaram a criar retratos subjetivos e multifacetados da realidade. Essa busca por novas formas de expressão mudou para sempre o significado e a função da arte na história.

1874 - Impressionismo

O ciclo da arte moderna começa em abril desse ano, quando jovens de Paris usam um estúdio fotográfico para mostrar sua arte. Monet, Renoir e Cézanne pintam a fugacidade da realidade pela luz, como Impressão: Nascer do Sol, de Monet

1880 - Art Noveau

A arquitetura, a pintura e a escultura sofrem o efeito da industrialização e das descobertas científicas do século 19. Obras excessivamente sinuosas e rebuscadas passam a ser reproduzidas industrialmente, através da fundição ou da impressão em roupas e de pôsteres, difundindo-se como decoração entre a incipiente classe média

1907 - Cubismo

O início do primeiro movimento de vanguarda do século 20 não é bem definido. Há quem o atribua ao espanhol Pablo Picasso e seu quadro Les Demoiselles d’Avignon, de 1907. Outros, ao francês Georges Braque. Ambos inovaram ao pintar sem o limite de um único ponto de vista, dando ênfase à imaginação do artista e desestruturando a realidade com formas geométricas

1909 - Expressionismo

Surgiu na Alemanha como oposição ao impressionismo. Artistas como Vincent van Gogh e Edvard Munch, em vez de registrar sua impressão do mundo, valiam-se de suas emoções para dar formas à visão que tinham das coisas. Por isso, as cores eram modificadas e as figuras, deformadas, como O Grito, de Munch

1916 - Dadaísmo

O dadaísmo surgiu em diversos lugares ao mesmo tempo: Zurique, Paris, Nova York, Berlim e Barcelona, ente outros. A proposta era expressar a indignação pela Primeira Guerra Mundial – incluindo aí as instituições políticas, sociais e artísticas. Para os dadaístas, mais que registrar impressões ou sentimentos, era preciso destruir modelos lógicos e racionais e criar novos, baseados na anarquia e no irracional

1918 - Art Déco

A guerra havia acabado e era tempo de esquecer-se dos horrores, divertir-se com o jazz e pensar no futuro. Em oposição à art noveau, os artistas procuravam as formas geométricas e simplificadas, cores fortes, novos materiais e tecnologias. O movimento teve em estilistas, designers e arquitetos seus mais famosos e aplicados representantes

1924 - Surrealismo

Obras como A Persistência da Memória, de Dalí, foram criadas segundo “o pensamento que é expresso na ausência de qualquer controle exercido pela razão e alheio a todas as considerações morais e estéticas”, como propunha André Breton

1950 - Arte Pop

Apesar de o termo “pop” ter surgido num artigo escrito em 1958, o interesse por criar arte a partir da cultura de massa era mais antigo. Temas do cinema, da propaganda e do consumo em geral apareceram em colagens e serigrafias como as de Marilyn Monroe, feitas por Andy Warhol, e quadrinhos a óleo de Roy Lichtenstein

1963 - Minimalismo

Apesar de não ter sido, a princípio, um movimento, o minimalismo foi um dos rótulos dados pelos historiadores de arte às estruturas geométricas de aparência simples que artistas como Donald Judd, Dan Flavin e Carl André fizeram. Eles foram muito criticados por não fazer arte, principalmente porque costumavam usar materiais industriais pré-fabricados, de madeira ou plástico

1975 - Pós-Modernismo

Formas racionais e minimalistas são substituídas por obras ambíguas e contraditórias – como a vida no fim do século 20. Algumas obras foram inspiradas na cultura popular, como os grafites de Basquiat, que misturavam máscaras africanas com cenas cotidianas de Nova York

Revista Aventuras na História

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