sexta-feira, 26 de junho de 2009

Submarino da Guerra Civil: o protótipo virou carcaça


Submarino da Guerra Civil: o protótipo virou carcaça
Submarino da Guerra Civil americana ficou 130 anos perdido no Panamá
por Robert Galbraith
A descoberta de uma das mais preciosas relíquias da Guerra Civil americana e da navegação mundial foi anunciada em outubro pelo arqueólogo James Delgado, diretor do Museu Marítimo de Vancouver, Canadá, e apresentador do programa Sea Hunters, no canal de TV National Geographic. Trata-se da carcaça de um dos primeiros submarinos da história, o Sub Marine Explorer, construído para a Confederação do Norte entre 1864 e 1866 para espionar e atacar portos do Sul.

O Explorer foi lançado ao mar em 1867, quase no fim da guerra. Com a paz, o aparelho foi dispensado pela Marinha e passou a ser usado pelo seu criador, o engenheiro alemão Julius Kroehl, para coletar pérolas. Acabou abandonado em uma ilha no litoral do Panamá, onde ficou por 130 anos, até ser achado por Delgado em 2001.

Desde então, o arqueólogo consultava historiadores para saber se a carcaça era mesmo de um submarino japonês da Segunda Guerra, como suspeitava. Descobriu que a relíquia era mais rara (com apenas um equivalente encontrado) ao obter plantas de 1909 que a descreviam exatamente.

Delgado descobriu também que o submarino pode ter levado seus tripulantes à morte. Depois de muito tempo debaixo d’água, ele retornava de forma muito brusca à superfície. “Hoje sabemos que quem fica muito tempo no fundo precisa voltar devagar para que o organismo faça a descompressão gradual. Caso contrário, o sangue pode borbulhar e isso causa a chamada doença do caixão, que pode levar à morte”, diz.



Plano piloto
A planta original do Explorer
1. CÂmaras A

Um compartimento de ar expulsava a água das câmaras B para permitir a emersão. Também tinha uma conexão com as câmaras C, onde ficava a tripulação de seis a oito homens

2. Câmara B

Ao longo de uma seção lateral, entrava a água que realizava a submersão. Com 11 metros de comprimento e 3 de largura, o submarino afundava até 30 metros

3. Câmaras C

Durante a submersão, o ar comprimido se dirigia para uma terceira seção. Quanto mais fundo estivesse, maior a pressão e mais risco para os tripulantes, que não voltavam à superfície gradualmente

Revista Aventuras na Historia

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