terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A presença do colonizador europeu

Imagens da África no início do século XX
Mademba-Si, Fama de Sansanding – Rendeu grandes serviços na época da ocupação do Sudão
“Mademba Sy não era um rei comum (...) Muito chegado ao coronel Archinard, tinha auxiliado a penetração francesa na região a seu lado, implantando linhas de telégrafos a cada conquista. Foi ele que instalou a linha de telégrafo ligando Kayes a Bamako, a fuziladas, por assim dizer, dadas as condições particularmente difíceis e perigosas na época pelos freqüentes ataques de que ela era alvo. Para recompensá-lo por seus bons e leais serviços, o coronel Archinard lhe outorgara o estado de Sansanding e, “em nome da República Francesa”, o nomeara rei deste estado (...) Foi assim que, de simples empregado do correio, Mademba Sy passou a rei do estado de Sansanding. Seguro do apoio incondicional dos franceses, exerceu sobre os súditos um poder tão absoluto que foi chamado de ‘o faraó do Arco do Níger’”. (Amkoullel, o menino fula, pág. 298)


Bandiagara – Recolhimento de imposto in natura (tecidos de algodão)
“Todo ano, era dever dos chefes de província (transformados em chefes de cantão depois da reforma administrativa e da destituição do rei) coletar o imposto cobrado das populações para os cofres da administração colonial. Fazia parte do cargo. Este imposto era chamado de capitação, isto é, calculado em função do número de ‘cabeças’ em cada família. Uma forma muito injusta com certeza, pois, rica ou pobre, a família era tributada apenas em função do número de membros. Este imposto, aliás, era chamado ‘o preço da alma’. Aquele que não o pudesse pagar não podia viver em paz; era julgado e preso ou, para conseguir a soma necessária, era obrigado a vender ou a penhorar os bens, se os tivesse, quando não os próprios filhos – costume que infelizmente se generalizou na época” (Amkoullel, o menino fula, pág. 65)


Atiradores sudaneses em Kati
“Até a ocupação pelos europeus, Kati não passava de um pequeno povoado notável pela fertilidade de suas terras, bem irrigadas pelas águas de um rio perene que serpenteava pelo fundo do vale antes de ir desembocar no Níger, em Bamako. Os franceses aí fizeram um posto militar que foi crescendo em importância, a ponto de se tornar sede do segundo regimento de atiradores senegaleses.” (Amkoullel, o menino fula, pág. 285)

O “Mage”, barco a vapor no rio Níger
“O Sr. M'Bodje esperava tomar o barco Le Mage (nome de um famoso explorador) cuja partida estava prevista para as 13 horas, mas antes disso era preciso visar os documentos na residência oficial da circunscrição.” (Amkoullel, o menino fula, pág. 273)
Casa das Áfricas

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